Quem conhece meu caminho?
Nem mesmo o conheço.
Sei que é feito de espinhos,
E muito cheio de tropeços.
Ele não tem paisagem,
Somente um mar bravio.
Viajo com muita coragem,
mas com o coração vazio.
A bagagem é a memória,
Que junto ao corpo carrego.
De que é feito minha história?
É como o andar de um cego.
Meu caminho é tortuoso,
Sempre a beira do barranco.
Quando encontro algo novo,
O tempo o tira num tranco.
O cansaço já não me
tem,
A pele, no sol curtida.
Não sou como Matusalém,
Logo, logo deixarei a vida.
Enquanto o fim não chega,
Vou seguindo meu andar.
E o que quer que seja,
Nada vai me derrubar.
Cada dia um novo passo,
Com a força que Deus me dá.
Se me falta algum pedaço,
Ele há de completar.
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