Me pego as coisas arrumando,
Para quem nunca vai chegar.
Mesmo assim sigo ajeitando,
Para quando ela olhar.
Ajeito um moço no peito,
Uma mente desarrumada.
Nos lábios treino direito,
O que falar na hora chegada.
A demora não importa,
Pode todo tempo passar.
Só quero vê-la na porta,
Para sorrir e lhe abraçar.
Já está tudo pronto a meses,
Mas faço a tudo revisar.
Converso e olho para as paredes,
Relatando meu ansiar.
E ela não chega,
Por que tanta demora?
É castigo que lateja,
É pavor que não vai embora.
Volte logo querida,
Vem ligeiro me acalmar.
Vem matar a despedida,
Que insiste em se instalar.
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