sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A Espera





Me pego as coisas arrumando,
Para quem nunca vai chegar.
Mesmo assim sigo ajeitando,
Para quando ela olhar.

Ajeito um moço no peito,
Uma mente desarrumada.
Nos lábios treino direito,
O que falar na hora chegada.

A demora não importa,
Pode todo tempo passar.
Só quero vê-la na porta,
Para sorrir e lhe abraçar.

Já está tudo pronto a meses,
Mas faço a tudo revisar.
Converso e olho para as paredes,
Relatando meu ansiar.

E ela não chega,
Por que tanta demora?
É castigo que lateja,
É pavor que não vai embora.

Volte logo querida,
Vem ligeiro me acalmar.
Vem matar a despedida,
Que insiste em se instalar.

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