segunda-feira, 29 de março de 2010

Despedidas

Na penumbra outonal
As tramas são tecidas.
As folhas caem das árvores
Como coisa já resolvida.

Esfria a água no lago
Anunciando um novo inverno.
Tento te ter ao meu lado,
Tento te ter por perto.

A chuva fina caí
De maneira incessante.
Vejo como a vida se vai
Depressa, e a todo instante.

Não há mais tempo,
já se foi passada a hora.
Está chegando o momento
de já se ir embora.

A despedida é triste,
Como todas elas são.
Chegou a hora do canto do cisne.
Chegou a hora do aceno de mão.

Vou em paz,
Sem nada da vida temer.
Faço o que a vida trás,
Tenho a vida na tez.

A estrada é longa
E devo muito caminhar
Vou escutando a milonga
E no tempo me ponho a dançar.

Danço valsa,
danço bolero.
Danço tango,
danço o que quero.

Danço na vida
a música que ela tocar.
Deixo meu peito aberto
para os sons de vida entrar.

4 comentários:

  1. Querido bruxo...

    O adeus da alma é sempre o pior...mas, que venham outros sons, ando sedenta por eles.
    Semana cheia de notas musicais pra ti.
    Bjkas

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  2. Olá Older

    Dançar conforme a música que a vida tocar, é estar aberto para as emoções sem medo de correr riscos.
    Um abraço

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  3. ...gostei da imagem no alto da página, é nova? è Linda! imagem de sonhos!

    Despedidas
    Tempo que passa
    E quando não há mais Tempo
    Resta um segundo de algo
    vivido e sempre permanecerá
    na lembrança.

    Palavras sentidas Poeta!

    Bjo!

    Paz e Luz!

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