sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Antagonismos

Minha alma
é um brechó
de sensações.
Meu corpo
um beco
de preocupações.
A estrada é cheia de pedras
a sola de meu pé sangra
e não se vê.
Meu sorriso desapareceu,
a muito.
Minhas asas
estão encolhidas.
O egoísmo
toma conta de tudo.
O poder de colorir a vida
com aquarela
desapareceu.
O corpo segue
de teimoso que é.
A alma quer descansar
na solidão da paz.
Quem eu quero
não me pode ter,
e quem me pode ter
eu não quero.
Neste impasse
o embate
é iminente.
De quem será a derrota?

4 comentários:

  1. Me encontro nestas linhas. Exata e lindamente como escreveu.

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  2. Ai...ai...ai...

    Older, um impasse e tanto...rs


    Lindo e triste poema...

    Mas a espença tem que prevalcer...


    Quero voce, o vencedor desse duelo...


    Beijos!

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  3. Esses desencontros da vida são de matar "Quem eu quero não me quer, quem me quer mandei embora...". O que resta é continuar tentando.
    Abração

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  4. Faço minhas as palavras de Simplesmente Outono, estou assim total e completa dentro de seu poetizar.

    Que triste...beijos Older.

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