terça-feira, 20 de julho de 2010

Ser bela só não te basta

Tem de ser o céu.
Tem de ter o atrativo.
Tem de ser o mel.
Tem de ter o perigo.

Tem de ter o prazer.
Tem de ter o dourado.
Tem de ter o fazer.
Tem de ter um enamorado.

O sangue borbulha nas veias,
O coração dispara que só.
A perna até bambeia,
Me escondo em filó.

Um dia fogo de sol
E até se deita em poema.
No outro um gelo glacial
E se despe da diadema.

Oh! inconstância bendita
Que não consigo entender.
Por mais que reflita
Só me faço perder.

Águia que voa só.
Nuvem passageira.
Vou andando como Ló,
Sem perder a estribeira.

Aguardando o tempo de colheita,
Daquilo que foi docemente plantado.
Em cama de seda se deita,
E eu permaneço calado.

És como ar.
És como vento.
Não se pode segurar.
Apenas seguir o movimento.

Vem a mim quando der,
E se Deus assim permitir.
Você é a mulher,
És quem gosto de sentir.

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