sábado, 3 de outubro de 2009

Andarilho

Ando por uma estrada
para chegar a lugar algum.
Só ando.
Não estou perdido,
apenas não sei onde vou,
ou vou sem rumo,
olhando aqui e ali.
A cada nova vista
um novo horizonte aparece
e novos planos são traçados.
Não vago, ando,
pés firmes na terra,
andando na direção
que o nariz aponta,
sentindo os aromas
que podem vir de campos
ou de poluição das cidades.
Destas últimas eu me afasto,
rapidamente,
não é isto que meus pés buscam,
eles preferem andar nos campos.
Vasculhando cada árvore,
cada pedra,
cada rio,
ouvindo todos os ruídos,
preenchendo o cérebro de sons,
para que quando não mais
possa caminhar,
quando minhas pernas
já estiverem fracas
pelo peso da idade,
estes sons e sensações
me façam continuar
na minha eterna caminhada.

3 comentários:

  1. Um sábio andarilho...

    Anda a procura de paz...

    Desviando de onde há tumultos...


    Só a natureza em sua exuberancia, a trazer-lhe paz...

    Uma boa anaoliga entre pessoas...

    Há as que nos trazem somente boas energias... enquanto outras...

    Faz parte da arte de viver...


    Lindo sábado para voce...


    Beijos mil!

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  2. Olá Older, as vezes nos sentimos mesmo assim, caminhantes, andarilhos sem saber para onde, mas ainda acho que não devemos mesmo parar...caminhar não é uma coisa precisa, mas necessária...belo poema amigo...um abraço na alma...bom fim de semana

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  3. Amigo OLder, o importante é não parar nunca, não desistir, a caminhada é longa e tortuosa mas mesmo assim vale a pena.
    Um ótimo fim de semana para você
    Abração

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