sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Nada se Fez

Nada se fez para abrandar
a chama saudosa
que brotava no peito.
Nada se fez.
E a chama teimosa,
ficou perigosa,
ficou amorosa.

E esta doce chama
a tudo tomou,
a tudo queimou.
As cinzas agora abundam,
e são levadas
pelo vento brando
que teu coração soprou.

Para uma outra renovação
algo teve de ser destruído.
E este algo foi meu coração.

Ao enterrar um sonho,
Foi também enterrado
um pedaço da alma.
Um pedaço de mim
foi então abandonado.

A brasa,
que ora ardia como sol de verão,
Apagou.
Cinge todo o peito
Com a fria solidão.

No túmulo profundo
de minha’lma
A saudade de um vôo tal alto
e forte,
Infringido a mim,
não me acalma.

Envolto
em lençol de cetim.
Me encaminho para a morte.
Da vida não há mais deleite,
Só há um fim
e a falta de sorte.

Põem se
os olhos a chorar.
Onde quer que me deite,
Tua imagem
sempre vem me buscar.



3 comentários:

  1. Olá Older
    Poema e música, lindos. Parabéns.
    Forte abraço

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  2. Querido amigo, tudo bem?!

    Às vezes, sentimos que a alma se esvai, mas o tempo sempre é o melhor remédio...

    E a vida, sempre continua!

    TEnha um lindo fim de semana, beijos!

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  3. Senti como se o tempo estivesse passando em anos enquanto lia os seus versos. Uma viagem tranquila, mas com destino certo e hora pra chegar. Lindo!


    Beijos e ótimo sábado

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