Bebo na solidão,
Só como deve ser.
Na parede um borrão,
Uma sombra que deveria ter,
Canto para as paredes,
Só elas me entendem.
A alma tem muita sede,
De que? Não compreende.
Lá fora o luar sereno,
Ilumina o que não vem.
Queria me sentir pleno,
Talvez um ser, alguém.
Buscar o que não seria,
É chover no molhado.
Como é que poderia,
Viver assim encantado.
Converso no sufoco desejo,
Engasgado por culpa minha.
Nesta eterna luta me vejo,
Fisgado como sardinha.
Uma sombra na parede,
um borrão sem forma.
Um fio sem uma rede,
Um calor que não comporta.
Eita que hoje tá danado hein?
ResponderExcluirVai cozinhar uma coisa criatura, pega uma cerva gelada, senta no chão da sala e manda ver!