Dispo-me dos encantos,
que me encantam na solidão.
espalho pelos quatro cantos,
um pouco de sim, um pouco de não.
Das falas tão cansativas,
Que não levam a algum lugar.
Das minhas mentiras cativas,
Que teimava em aprisionar.
Na companhia dos versos,
Enganava todo meu ser.
Era o maior dos tolo, confesso,
Mas não o deixei de ser.
Moldo lágrimas em alegrias,
Escondendo o que não posso.
Vou fazendo fantasias,
De tudo em que me sufoco.
Todo dia descubro,
O que é virar do avesso.
E cada vez mais me culpo,
De não ter o recomeço.
Dispo-me de mim,
E toda amargura.
Visto-me de cetim,
Para presentear a alma tua.
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