terça-feira, 13 de agosto de 2013

Como Rosas





A angustia das palavras,
não cabe mais em mim.
Não consigo mantê-las caladas,
seria bom se fosse assim.

Se pudesse amordaçar,
este voante pensamento.
Ao menos faria sossegar,
a tortura, o tormento.

Entristecer na saudade,
é coisa que não se deve.
É no corpo maldade,
e a alma padece.

O silencio barulhento,
dentro do corpo explode.
Como se fosse sepultamento,
onde estar não se escolhe.

Nas palavras ávidas,
buscando alguma emoção.
Assim elas me cálidas,
deitando no coração.

Desnudadas a seu tempo,
as palavras aqui se deixam.
Sem martírio, sem tormento,
derramadas nem se queixam.

São perfumes de rosas,
espalhados pelo ar.
São azuis, são cor de rosa,
que vivem a me encantar.


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