Não quero o beijo teu,
Selado no meio da porta.
Nem quero tua mão fria,
Espalmada no canto da face.
Não quero o que tu me deu,
Guardado de forma amorfa.
Nem tanto a tua agonia,
Servindo só como impasse.
Não quero sentir o apogeu,
E não ter quem me conforta.
Nem quero viver a euforia,
Como se algo sempre faltasse.
Não quero morar em um breu,
e andar de maneira torta.
Nem quero a infinita magia,
Como se a realidade matasse.
Não quero ser camafeu,
Onde enfeitar é o que importa.
Nem ter forçada alforria,
Como sobra do desenlace.
Não quero ser um que morreu,
No teu ventre que abortas.
Nem quero eterna sangria,
Da saudade que mataste.
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Saber o que não queremos mais... É o primeiro passo para buscarmos novos caminhos!
ResponderExcluirUm abraço carinhoso para você!