Tu, que trazes na alma esta angústia enorme.
Que sufoca seu lamento no desespero da ilusão.
Que grita de saudade por um corpo sem vida,
Envolta nos nevoeiros da recordação.
Tu, que se embriaga na agonia,
Que chora na noite, rezando por um novo dia.
Deixe de lado este grito abafado, este grito calado.
Verta seus poemas, na lágrima do olho derrubado.
Estás sozinha?
É.....sozinha estarás, se não mais se sentir.
Se não sentires mais o quente de seu sangue correndo nas veias,
Se não sentires mais o coração sonhador pulsar.
Se não sentires mais o amargo ácido das lágrimas,
Se não sentires mais quem existe a te amar.
Um pensamento, uma recordação.
São fragmentos vividos em uma vida de ilusão.
Vida esta que volta, a cada lembrança, a cada novo pensar.
Moribunda deixo de ser, e encantado volto a me tornar.
Eu mesma faço tortura constante,
Flagelo minha alma a todo instante.
Para me lembrar que devo sofrer,
E de quem tanto eu gosto, esquecer.
Alma Perdida - Poema de Florbela Espanca
Há um dia
Meu querido amigo
ResponderExcluirUm belo poema, nem calculas como fala de mim.
Tu, que trazes na alma esta angústia enorme.
Que sufoca seu lamento no desespero da ilusão.
Que grita de saudade por um corpo sem vida,
Envolta nos nevoeiros da recordação.
Lindo
beijinhos
Sonhadora