quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Triste

Triste não é a vastidão do deserto
e nem a imensidão do mar.
Triste é a angústia de não te ter,
de não poder te ver.
A dor leva-me a ser um poeta
da dor pungente,
que crio e alimento.
Sou um poeta da amargura,
da dor, da solidão.
Brado na vastidão do deserto todo meu amor
e não há quem o escute.
Espalho pela imensidão do mar meus poemas
e eles são perdidos.
Doce poeta do acaso,
menino perdido,
homem achado,
guarda teus poemas contigo
dentro deste peito marcado,
um dia haverá de achar alguém
que consiga entender o que escreves
e possa desfrutar de tuas ansiedades e alegrias
e poderás deixar de ser um poeta da dor
para ser somente um poeta do amor.

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