sábado, 20 de julho de 2013

Belo horizonte






Ousei brigar com o tempo,
Achando que era imortal,
Ele me mandou sotavento,
Tirando do rumo normal.

As velas foram içadas,
Para continuar a velejar.
As mãos um tanto cansadas,
Foram novo rumo tomar.

Confuso pelas estrelas,
Pela noite me embrenhei.
A vista já não podia vê-las,
Com a clareza que deixei.

Velho de tanto navegar,
Pelos mundo e seus mares.
Me deixei na corrente levar,
Empurrado pelos ares.

Me vi em mundo estranho,
Sem nada do que conhecia.
As coisa não tinham tamanho,
Não havia poesia.

Que mundo cruel,
Este vento me levou.
Sem caneta, sem papel,
Não sou nada do que sou.

Entro pelos mar adentro,
Buscando um belo horizonte.
Desta vez eu me arrebento,
Nem que seja pelos montes.

Na luneta vejo ilusão,
De uma terra prometida.
Um mundo, que não tem o não,
Um mundo, sem despedida.

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