Viajo como cigano,
E não me acho.
Envolto em tantos panos,
Como se fossem cachos.
Nos dedos, sonhos levo,
Dedilhando meu violão.
Cantando para quem espero,
Mesmo sem uma razão.
Percorro os quatro cantos,
E em cada um, um pedaço.
Dedico um novo canto,
Como forma de abraço.
Em minha carruagem colorida,
Ando sem ter onde chegar.
Levo, como me leva a vida,
Deixando o tempo passar.
Solitário percorro mundo.
Uma história, um lugar;
Não passo de um vagabundo.
Com histórias para contar;
Nas histórias eu revivo.
O que houve de prazer;
Me sinto assim mais vivo.
Mesmo perto de morrer;
Como cigano vou errante.
Andando por andar;
Procurando minha amante.
Que ainda vou achar;
será?
ResponderExcluirLindo desenrolar poético!
Que o cigano em você, primeiro se ache, pra depois achar um grande amor.