domingo, 2 de junho de 2013

Murmúrios





Quase murmurando,
minha boca te suplica.
Canto um canto chamando,
a quem está de saída.

Na hora da solidão,
partiste pela porta afora.
No meio da escuridão,
o teu ser foi embora.

Só o silencio sobrou,
tua voz enfim cessara.
O vazio então ecoou,
minha vida se acabara.

Canto o canto magoado,
suportando tua ida.
O coração machucado,
na boca a despedida.

Nos olhos o triste adeus,
sem ao mesmo me olhar.
Recolho pedaços meus,
e na cova vou deitar.

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