sábado, 25 de maio de 2013

Claridade das Palavras






Na claridade das palavras,
Me torno outro ser.
Um ser sem nada,
Mas que tudo pode ser.

O silencio é quebrado,
Com o teclar dos meus dedos.
Não sou um ser atado,
vai-se embora todos os medos.

Bendita sejam as letras,
Que por meus dedos fluem.
Me retiram da sarjeta,
E me torno um ser impune.

Posso viver o que quiser,
Sem medo ou preconceito.
Amar a quem me vier,
Em sonhos ou devaneios.

A escuridão afastar,
Mesmo com letras escuras.
Em outro mundo habitar,
E sofrer enfim a cura.

Benditas sejam as letras,
Que fluem de meus dedos,
Soam como retretas,
Tocando no arvoredo.

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