quinta-feira, 3 de maio de 2012

Surdez

Quando eu disse que te amava
Você não me deu atenção
Achei que estavas equivocada
Com a minha declaração.

Você disse:
“Ama nada!”
Isto é peraltice,
De sua cabeça danada.

Você não estava acostumada,
A ser tratada com carinho.
Pois vi a imagem marcada,
Do medo, nos seus olhinhos.


E eu novamente dizendo:
“Te amo em todo canto.”
Você me desdizendo,
E o tempo foi passando.

Até que um dia cansei,
De falar este tipo de dito.
É melhor fingir que não sei,
E esconder meu paraíso.

E veio a mesmice,
Se instalando devagar.
Deixamos destas tolices,
De expor nosso gostar.

Daí para um fim,
Foi algo corriqueiro.
Passamos do amor carmim,
Para agulha em um palheiro.

Nos fez insensíveis,
A cotidiana surdez.
Nossos amores possíveis,
Deixaram de viver de vez.
.

Um comentário:

  1. O que era estranheza
    Pois levava a vida só de ida
    Foi interpretado como safadeza
    Agora deixo levar a vida

    Se acontecer ótimo
    Se não acontecer também
    O passado é passado
    O futuro não é de ninguém

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