segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Aconteceu. . . .

Como pode tão comumente,
De forma tão rápida e indolor.
Assim, tão de repente,
Acaba o encanto, acaba o calor.

Ao primeiro não,
Fez-se a revolta.
Logo eu que lhe dei meu coração,
Bati com a cara na porta.

Esqueci quem eu era,
E por onde andava.
Fiquei como fera,
Que vive enjaulada.

Perdi o chão.
Fui jogado no vazio.
Como um simples não,
Pode causar tanto frio.

A mente entende,
O coração é que não.
Ele vive de presentes,
Que eram dados por sua mão.

O toque.
O olhar.
A troca.
O pensar.

Ficou tudo no passado,
E não adianta chorar.
Mesmo que revoltado,
Tenho mais de me calar.

A escolha é feita,
Bem simples na sua forma.
Ou você me deixa,
Ou vivo uma vida morta.

2 comentários:

  1. Fui lendo e as palavras foram ganhando vida em mim...
    Creio que o sentimento que despertaram foram aqueles que nunca estiveram totalmente adormecidos.

    Bela e sentida poesia!
    Um abraço carinhoso

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  2. Suas poesias são sempre lindas Older, mas a maioria delas me deixam triste...é de dor.

    Beijos com carinho.

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