Acordo cedo,
já pensando no que fazer.
Vou enfrentar sem medo,
o que vier a acontecer.
A empregada logo chega,
do seu sarcófago saindo.
Sua voz grossa troveja,
e eu digo: Já tô indo.
E a obra no banheiro,
que nunca que acaba.
Discuto com o pedreiro,
sou o homem desta casa.
As esfihas são cinqüenta,
uma bagunça no outro quarto.
Assim ninguém agüenta,
cada hora parece um parto.
É tanto jeca que aturo,
Que nem sabem o que comer.
É arroz e feijão, “disconjuro”,
Vão aprender a escolher.
O transito está lento,
tem gente que não sabe guiar.
Anda logo seu fuinha,
eu estou no celular.
Tem espinho que espeta,
e cachorro que assusta.
A “hidro” me espera,
para relaxar desta labuta.
A tarde o som que chega,
é suave, de um pianista.
Minha mente logo veleja,
moro ao lado de um artista.
A noite uma taça me acompanha,
de um vinho que tanto gosto.
Na cama um livro me apanha,
dormindo sobre ele encosto.
E amanhã é tudo igual,
tudo de novo pela frente.
Isto tudo é normal,
é a minha vida gente.
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