quarta-feira, 21 de abril de 2010

Tombo

Botei um pé no sol,
e outro pé na lua.
Uma mão na minha solidão
e outra na minha amargura.

Um olho fica na esperança de te ver,
O outro olho fica no mar.
Tenho no peito um vazio de doer
Que só você pode completar.

O vento levanta poeira
Fazendo a tudo embaralhar.
Nada vejo mais nada a minha frente
Espero a poeira assentar.

E quando tudo clareia,
Olho a volta novamente.
O capim na relva serpenteia,
Tudo gira a minha frente.

De tonto, caio no chão.
O giro foi forte demais.
De arrebentar o coração.
Isto, de novo, não quero jamais.

De repente sinto uma mão
Me ajudando a levantar.
Era você, coração,
Que veio para me ajudar.

Me apoio em ti,
Como sempre te aguardei
Que voltasse para mim
Por que sempre te amei.

Não me deixe cair de novo,
Trata-me com carinho.
Sou simples, do povo,
Não sei viver sozinho.

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