quinta-feira, 29 de abril de 2010

Parvo

Não sou profeta,
E nem trabalho com adivinhas,
Mas devo abrir os olhos
Para as coisas que eu não via.

Até poderia achar...
Mas daí a confirmação,
Um passo grande tem de se dar
Para não arrumar confusão.

Mas aos poucos as máscaras caem
E os cuidados são esquecidos.
As próprias pessoas se traem
E se esquecem dos escondidos.

A você, anjo de asas,
Te desejo tudo de bom.
Passeie nas nuvens pintadas
Pela mão do adivinhão.

Foi bom enquanto durou,
Eu tentei aproveitar bem.
Me entreguei até demais
Só não sabia pra quem.

Eu fui mais parvo
Na história deste alguém.
Assim me desembaraço
Já que fui tratado com desdém.

Senhora dona da verdade,
Absoluta, com toda certeza.
Já não tenho mais idade
De brincar com linda princesa.

Vou pro meu descanso.
A mim tentar curar
De todo este ranço
Que ainda há de ficar.

Ele um dia saíra,
Nem que me custe a vida.
Nem que tenha de arrancar a pele,
E me livrar da nódoa bendita.

Parvo sou,
Parvo sempre serei.
A acreditar no amor,
No amor que um dia eu te dei.

2 comentários:

  1. ...as vezes assim é...
    Nos deparamos com esses designios...uns dirao que é karma, outros que é sina e por aí tantos nomes, e a Nós definições não importam muito, quando o que fica é esse risco profundo nos sentimentos e que por algum tempo poodem sangrar...mas acredito que tudo na vida passa, até uva-passa...frase obviamente verdadeira.

    Beijo!

    Namastê!

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  2. Meu querido amigo
    Lindo poema...embora com alguma desilusão.

    Deixo o meu carinho e um beijinho.

    Sonhadora

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