Eis que nasce completo,
Mais um poema do artista.
O que era analfabeto,
Agora é capa de revista.
Eu tento, me ajeito,
E não me sinto bem.
Não que eu o rejeito
Ele que me trata com desdém.
Já nasce morto,
Nos seus mínimos detalhes.
Age como sem rosto,
Figura de entalhes.
Os guardo desde pequeno,
a sete chaves trancado.
De repente vem pleno,
rompendo como acuado.
Sua história é triste,
cheia de dor e lástima.
Nem ele mesmo resiste,
e se acaba em lágrimas.
Já nasce sozinho,
este órfão poema querido.
Talvez um dia no ninho,
possa ser de todo sentido.
pra mim ele é espetacular.
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