Lá fora,
um mundo estranho existe.
Agora,
meio cinza, meio triste.
Já houve
O tempo do doce mel.
Já coube,
Tanto amor no papel.
Sempre se soube,
tudo um dia acaba.
Há quem roube,
O mais belo da fala.
É assim,
Que se passa uma vida.
Prá mim,
Como se fosse grande avenida.
Onde se desfila,
Vestida de ouro e prata.
Onde se destila,
O que cura, o que mata.
Restou,
Cinzas pelo chão.
Enrolou,
O corpo na solidão.
Em seu passinho,
Anda bem devagar.
Ainda tem muito espinho,
Para se pisar.
Ninguém nota,
Descansa em paz.
Não mais brota,
O outrora rapaz..
Sozinho...
Chora.
Vazio...
Vai embora.
Alma Perdida - Poema de Florbela Espanca
Há um dia
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