sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Solidão

Estou em uma praia
onde os barcos saíram
e deixaram-me só.
Quanto tempo passarei
por tua espera.
Estarás presa, acorrentada,
mutilada em seus quereres.
Terei de ser paciente
para suportar
tamanha distância tua.
Apenas não podemos correr,
agora,
um para o outro.
Não poderei te levantar
de seu sofrimento
e nem você livrar-me do meu.
Não se importe se,
me ouvires cair,
minha queda só servirá
para deixar mais cicatrizes
que curarão com tua volta.
Trago no peito meus sonhos,
junto contigo,
que levarei comigo
para sempre.
Meu presente
será buscar-te,
um dia,
sacudir toda a terra
atirada sobre nós e
andarmos juntos
em nossa
nova caminhada,
com os pés firmes
e cabeça erguida,
certos de que
o amor venceu.

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