Parece que foi ontem
Que este menino nasceu.
O tempo passa rápido
E nem se percebeu.
Como este menino cresce,
E nem se nota.
E a gente envelhece,
E ele já quase não passa na porta.
Quando me dou conta,
Ele é quem me pega no colo.
Toda vez que ele apronta,
Levo uma bronca a tiracolo.
Mas não tem jeito,
Aquele olhar que ele tem
Quebra qualquer trejeito,
E me faz de seu refém.
É meu menino querido,
Que agora quer as asas bater.
Para mim você nunca terá crescido,
E a te embalar a noite eu vou ter.
Vou velar seu sono,
suas bagunças arrumar.
Mesmo quando chegar o outono
Ao teu lado vou estar.
Pequeno gigante,
Que cabe certinho em meu coração.
Sei que tens de ir adiante,
Mas não saia da palma de minha mão.
Pode ir,
eu finjo que não ligo.
Vou sorrir,
Com o coração espremido
Passeando pela Ericeira - Vila de Mar e Encanto
Há uma hora