quinta-feira, 4 de abril de 2019


Eremita

Sou desprezado.
Excluído.
Jogado de lado.
Esquecido.

Vivendo sozinho,
Num mundo de festa.
Vou num descaminho,
Com tudo que resta.

Perdido no tempo,
Num tempo perdido.
Jogado no vento,
Tão só, combalido.

Sem eira, nem beira,
Sem nada para dar.
Sou uma besteira,
Um só prá pensar.

Já tive meu tempo,
De glória e louvor.
Hoje nem pensamento,
Só vivo de dor.

As vezes eu tenho,
Vontade de ir.
Franzido o cenho,
Sem nada para rir.

Sou mais um boneco,
Que brincam comigo.
A Deus eu lhe peço,
Me dê seu abrigo.

7 comentários:

  1. Olá! Bom dia!
    Estive aqui ontem e comentei mas o meu celular fez sumir o comentário!
    Escrevi sobre a minha admiração ao seu dom e o quanto eu acho que você jamais pode tentar conter essa fonte rica de inspiração!
    Confesso... Algumas vezes eu me sinto uma eremita!

    Um abraço carinhoso

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  2. Bom dia Tatiana, agradeço sua visita, mais uma vez, e os seus comentários. Aproveito meus momentos sozinho para esperar as palavras aparecerem para que as possa colocar no papel. Abraços.

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  3. Termos o nosso tempo sozinho tem os seus benefícios... Nos deixa em paz com as nossas inspirações e criações! Mas... Termos tempo juntos também é bom... Geram boas lembranças e ricas fontes de memórias para novas poesias!

    Abraço retribuído!

    PS: Desculpa a minha indiscrição... Mas o que o fez ficar tanto tempo longe do blog? Se não quiser, não precisa responder, ok?

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    Respostas
    1. Uma série de aborrecimentos, problemas pessoais, todos resolvidos e a principal causa foi falta de inspiração para escrever. Tenho de estar envolvido para tal.

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  4. Que mundo de festa é esse? Fiquei feliz que voltou a escrever.

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  5. Older... Compreendo! Sei bem como é esse período de introspecção para colocar a casa em ordem e tudo voltar a fluir!
    Estimo que tudo fique e esteja bem!

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