terça-feira, 11 de agosto de 2015

Desalinhos






O que trago?
Comigo no peito.
Além da lembrança do afago,
De um amor que era perfeito.

Uma febre ansiosa
Invade meu coração
Na boca palavra nervosa
De fala sem exatidão

Talvez num encanto de mago
Sumam as coisas dolorosas
E na mente eu apago
E planto um jardim de rosas

Ser assim de ninguém
Sem asas para voar
É um castelo de desdém
Num deserto sem desaguar

Um dia se fez alvorada
Com um gorjeio no ninho
E minha amada apaixonada
Vestida de puro linho

Despejava seu encanto
Em todo este meu ser
Eu perdido num canto
A ela não pude ver

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