quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Fumaça

Como fumaça me vou,
Espalhando pelo ar.
Dissipando aos poucos sou
Lembrança de se apagar.

Onde fogo havia,
Agora só há cinzas.
Na brasa que ora ardia,
Agora a chama é finda.

Aqueceu,
o que era para aquecer.
Aos poucos esmoreceu,
Para sempre desaparecer.

O fogo que queimava.
A fumaça que sufoca.
Sem saber quem mais incomodava,
Isolei-me em uma loca.

As cinzas o vento leva.
A fumaça se espalha no ar.
No peito se carrega,
O peso de se suportar.

Sumindo, vou aos pouquinhos.
Sem mais sufoco,
Sem mais caminho.
Somente a vontade de ficar sozinho.

O fogo que sinalizava,
pelas águas foi extinto.
Que do olho tanto jorrava,
Deixando espalhado o tinto.

Nuvem, quase virei,
De tanto assim subir.
Com os ventos se juntei
E neles me despedi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário