quarta-feira, 23 de outubro de 2019




Memórias



Lembrei de meu tempo de roça
De tantos banhos de rio
De uma vida de troça
Sem muito desafio

Era andar de bicicleta
Comer fruta roubada
Da casa de dona Anacleta
E do campo de pelada

De amassar macega
De andar de cipó
Amizade que não se nega
E deixarmos de ser um só

De fruta colhida no pé
De aipim cozido
De passar um bom café
Quando receber um amigo

Da casa do seu Pernambuco
Do armazém do seu Edmundo
E quanto mais aqui cavuco
Mais descubro o que era mundo.

Inocência que se viveu
Que entranhou na memória
Não tinha o meu, o teu
Somente a nossa história

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