Tenho saudades
De acordar com canto de galo
Do mato, sentir o cheiro
Tomar banho num regato
Não se preocupar com dinheiro
Ver a noite vir chegando
Surgindo detrás da montanha
Os sapos coaxando
Numa barulheira tamanha
Ver a lua bem de perto
Com mil estrelas a brilhar
Entender que isto é o certo
E a vida não mudar
De comer comida na lenha
E de um cafezinho passar
Receber quem quer que venha
E logo a casa mostrar
De sentar em uma prosa
Sem ter hora de acabar
Da vida simples da roça
Que deixamos para lá
São memórias que ficaram
De meu tempo de criança
Que no tempo não apagaram
Que são doces lembranças.
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