terça-feira, 4 de outubro de 2011

Vingança

Deixo fluir no soneto,
Um pouco de amargura.
Não mais me aborreço,
Com a falta sentida tua.

Nem na fria madrugada,
Nem na tarde abrasadora.
Tua és figura apagada,
Esquecida na morta lavoura.

Tiveste teu tempo de glória,
Fostes única a reinar.
Agora se foi a história,
Outro reino vai se formar.

Vasculho em cantos perdidos,
Resquícios do que sobrou.
Não quero nenhum artifício,
Para dizeres que se guardou.

Já enlouqueci em alta noite,
Uivando para a bela lua.
Feliz, você foi-se,
Embriagada pela tua loucura.

Deixando atrás de si,
Um corpo com alma pura.
Agora eu sou quem sorri,
Enquanto andas na amargura.

De derrotas a vida é feita,
Não importa quem se sagrou.
Importante é a alma refeita
E fechar o que tanto sangrou.

Um comentário:

  1. quando se fala, se deseja. ..e quando vc escreve sobre o outro estar amargurado...parece ter prazer que seja assim ...e eu só tenho uma coisa a te dizer...não sofra por isso.Porque eu não vejo isso com o prazer que vc escreve...mesmo que eu tenha prometido que nunca mais apareceria pra lhe escrever algo...hoje não teve jeito...porque realmente eu sinto pelos mal amados por opção.

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