segunda-feira, 16 de março de 2020
Jovens eremitas
Estou morto
No quarto trancado
Em um mundo absorto
Só eu que me basto
Não tenho família
Amigos virtuais
Na cabeça uma pilha
Olhar desiguais
Estou protegido
Das maldades que há
Me engano num abrigo
Que uns chamam de lar
Não me faço presente
E falta não sinto
Com pais ausentes
De negro me pinto
Minha falta não sentem
Como se não existisse
Aos outros eles mentem
E fico mais triste
Nada posso fazer
Assim eu fui criado
Se um dia eu morrer
Pareço ter aliviado
Um peso que carregam
Como uma obrigação
Se aos poucos me negam
Me tirem do coração.
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