Uma Prova

 

Não sei se faltou razão
Ou se sobrou sentimento
Só sei que o coração
Foi viver o momento

Deixou esta vida
Se atirou numa nova
De forma atrevida
Se jogou numa prova

Sem nada saber
Do que estava vivendo
Foi criando sofrer
E foi se perdendo

Num canto sossega
Para que aventura?
É pouca refrega
Para muita fatura

Depois não reclama
Eu bem avisei
Não compres a fama
Que um dia deixei.

 

 Meus Poemas 

(Não tome posse do que não é seu)

 

Meus poemas são meus
E não para conquistar alguém
Você é que se meteu
Achando que ia além

Ficou só na superfície
Sem saber  aprofundar
Ficou no disse me disse
Achando que tinha um lar

Meus poemas eu divido
Ou melhor, divido não
Eles são de uma mulher
Que habita o coração

A ela eu os dedico
Nas minhas letras grafadas
Nem me importo com isto
Se por ela serão guardadas

Mesmo se ela não os ler
Mesmo que ela os jogue fora
O importante é eu a querer
Neste amor me devora.

Verdades

Não posso fazer o que fazia
Ou aquilo que tenho vontade
Do coração físico que havia
Não sobra nem a metade

De tanto que foi mexido
Com 8 "molas" para desentupir
Um marcapasso escondido
Para não me deixar partir

Duas vezes desenganado
E uma partida prematura
Não posso ficar curado
Mas sigo na aventura

Queria poder viajar
Conhecer o que bem conheço
Mas daqui não posso afastar
Posso não ter um recomeço

Viajo nos pensamentos
Nas lembranças tão bem guardadas
Fecho os olhos por momentos
E a viagem está marcada.