segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

 

 Falsidade

 

Tenho pena de amigos
Que não olham a sua volta
Vivem com o inimigo
Numa armadilha que não solta

É um visgo peçonhento
Escondido em falsidade
Mas tem horas, tem momentos
Que se mostra de verdade

Prefere manipular
Do que assumir o próprio risco
Quer ser almoço ou jantar
Mas não passa de petisco

Seja por pena
Ou mesmo por amor
Vai seguindo nesta cena
Num teatro traidor

Com certeza percebeu
Mas seu coração não permite
A armadilha que o prendeu
É quem lhe faz o convite.


 

Do que preciso

Do que preciso
Para ficar sossegado
Um verso de improviso
E um coração carregado

Ali eu me deixo
Esqueço da vida
A ansiedade eu deito
E a palavra é servida

São mais de dois mil poemas
Falando de tudo um pouco
Cada um parece algema
Contendo pensamento louco

Eu sempre me surpreendo
Depois que foi escrito
As letras eu vou lendo
E achando mais bonito

Vou ficar sossegado
Esperando chegar mais um
O papel aqui ao lado
Esperando acabar o jejum.




 

 

 

 

Um comentário:

  1. Não queria ter lido seus poemas hoje. Acordei 😴 com raiva. rs Bom dia e ótima semana.😇

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