terça-feira, 29 de junho de 2010

Ennio Morricone

Hoje ao chegar em casa, liguei a tv e estava acabando de passar um filme, nem olhei direito o que era, mas do quarto escutei a trilha sonora enquanto passavam os créditos, ela me fez fechar os olhos e viajar até os anos 70, nas matines do cinema que existia no bairro onde moro.
Convido-os a escutar alguns clássicos deste fabuloso compositor.

Fistful of Dynamite


The Good, The Bad and the Ugly


Once Upon a Time in The West


The Sicilian Clan

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Não Sei

Não sei o que escrever
Neste meu poema, de lazer.

A natureza age por si
Deixando no papel, palavras cair.

O vento traz a lembrança,
De um tempo, em que não mais sou criança,

Um tempo complicado,
De não poder estar ao teu lado.

Não sei o que dizer,
Neste meu poema, de prazer.

Afogo minhas palavras no asfalto,
Por onde todos passam apressados,

Cada qual, com seu sobressalto,
Cada qual, um ser derrotado.

Um ser distraído.
Um ser mal dormido.

Nem sei mais do que falar,
Neste meu poema, de sonhar.

Enfio os pés pelas mãos,
Atropelo a emoção.

Ouço a menina cantar,
Mas onde, o canto procurar?

Perdido no que dizer.
Perdido por onde olhar.

Nem sei mais de nada,
Neste meu poema, de cantata.

Nem meu nome sei mais,
Só sei, do que estou atrás.

Busco a paz e a harmonia.
Busco o amor e a fantasia.

Sonho...com poesia,
E te ter sempre, na alma minha.


Setembro (Amada) Ivan Lins, Gilson Peranzzeta e Vitor Martins

domingo, 27 de junho de 2010

A Falta Tua

Quero morrer
no seu mais doce veneno.
Não agüento mais esta solidão.
A falta que deixaste aqui,
Para eu guardar,
está crescendo demais.
Não consigo mais controlá-la.
Ela está desobediente.
Por mais que lhe diga:
“- Calma, fique quieta, ela já vem.”
Ela não sossega,
Arranha a mim
com sua garras cada vez
mais afiadas.
Machuca, sangra, dói,
E não há nada que possa fazer.
Não tenho mais forças.
Estou me entregando cada vez mais
ao sangramento.
As chagas nem tem mais tempo
de parar de sangrar,
que dirá de cicatrizar.
Se soubesse que isto
iria ficar desta forma
não guardaria a falta tua.
A deixaria num canto qualquer,
Solta, para que ela pudesse perturbar
quem ela quisesse,
e me deixasse um pouco de paz.
Ou você volta,
Ou esta falta tua irá me matar.

sábado, 26 de junho de 2010

Você me ensinou

Você me fez gostar de broa de milho,
A comer mais pão de queijo.
A ver que a vida não é só estio
E que quase tudo se resolve com um beijo.

Você me fez viajar mais,
A andar de avião.
Coisa que tinha receio,
Meu negócio sempre foi pé no chão.

Você me fez ter outra visão,
Passei a ver coisas que antes não via.
Viver mais a ilusão
De que sempre haverá mais um dia.

Você me deu muito carinho,
E procurei te dar muita atenção.
De nada adianta ser livre sozinho,
É preciso ter alguém no coração

Agora já vou indo
Com louca vontade de voltar.
Deixo–te muito carinho
Prá logo, logo, retornar.

Levo no peito ansiedade,
E nos olhos, os olhos teus.
Deixo espalhada toda minha saudade
Por este mundo de meu Deus.






E uma chalana fez aumentar a minha dor.

terça-feira, 22 de junho de 2010

You are not alone

Quando tudo parecer perdido,
meio que sem rumo.
O desespero fazendo parte da rotina
e a vontade de chorar tomando todo teu ser,
lembre-se que não você não está sozinha,
tem gente que gosta de você
e quer ficar junto contigo,
mesmo com todo este desespero,
só por alguns minutos.
Você não partiu, mas é como se fosse.
O mundo não está mais frio, mas o tremor balança o corpo.
Todo dia me faço a mesma pergunta,
e a resposta é sussurrada:
"Viva o momento! Você não sabe quando o terá de novo."
Mesmo com a distância, nós não estamos sós.
Ouço seu choro, mas não posso enxugar suas lágrimas.
Queria te ajudar mais, mas.....
Você não está só.



No Campo

A tardinha
se finda,
já escurece.
A noite
é vinda.

Ave-Maria
é entoada.
Rezam pela gente,
e pela jornada
acabada.

Retorna a sua casa
o campeiro,
Com o rubro do sol se pondo,
Sob a luz do candeeiro
a quase tudo alumiando.

Pita de palha um cigarro
Jogando a fumaça
no ar.
Pensando em todo trabalho
Que ainda
irá enfrentar.

Com os grilos e sapos cantando
Seus olhos vão
se entregar.
O sono já vem chegando.
Já é hora
de deitar.

Vida simples do campo.
A que não
se dá valor.
Honroso é seu encanto
De quem não reclama
da dor.

Só lamenta a falta de água,
Bem que podia
Aqui chover.
Mas se Deus assim quis
Quem sou eu
prá entender.

Tiro o chapéu prá agradecer.
O pouco que tenho
na vida.
Agradeço a terra, a família.
Agradeço a saúde
recebida.

sábado, 19 de junho de 2010

Tanto

Meu amor, já não sente
que deixa carente
Meu coração a clamar
E só a ti, querer buscar.

Tanto te amei tanto
Que no mundo não há pranto
Que tire o encanto
Neste peito deixado.

E no passado,
Que ontem foi findo,
Tenho eternizado
Teus olhos me seguindo.

A distancia tua,
Congela, marmoriza.
Deixa a alma nua.
O vazio eterniza.

Amá-la já não é o bastante.
Por um segundo sequer,
Não te quero distante.
Linda mulher.

A saudade infinita,
Tua falta constante.
Te ter em minha vida,
Já não é o bastante.

Te tenho para todo o sempre,
Mesmo que não mais me queirais.
Serei aquele descrente
Que aprendeu a crer mais.



sexta-feira, 18 de junho de 2010

Musiquinhas










Se atire do alto do penhasco comigo e voemos juntos ao som desta linda música.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Leva-me

Tão forte e alto
é meu sonho dourado.
Tão alto e forte.
Que nem a morte o terá sepultado.

Tão vã é a vida,
De paixão mal nascida,
Qual flor desprovida,
De pétala colorida.

De te lembrar, esqueci.
De te amar, me perdi.
Uma saudade infinda
De tua boca bem vinda.

Se não fosse sempre assim,
De ti recordar,
O que seria de mim,
Pobre louco a vagar.

Deixo tombar os sonhos,
em medos tão medonhos,
da tua falta sentida
sem razões providas.

Prende-me em teus braços fortes
e delicados.
Beija-me com teus lábios macios
e adocicados.

Leva-me ao céu e deixe-me lá, ao lado dos anjos.
Depois de contigo viver,
Com eles tenho arranjos,
De nunca mais te esquecer.


quarta-feira, 16 de junho de 2010

Novo Dia

Daqui a pouco já é chegada a hora
De tudo que existiu ir embora.
Um novo dia irá nascer
E uma nova vida aparecer.

Não haverá mais porta fechada,
E sim portas a se abrirem.
Não haverá mais cara amarrada,
E sim rostos a sorrirem.

No novo dia que desponta,
Sem pressa e com dolência.
Nada mais será afronta.
Nada mais será ausência.

Aguardo este dia,
Nesta noite que não passa.
Raia logo meu novo dia !
Torne esta noite escassa.

Enquanto a ansiedade me toma,
Perdido de tanto andar.
Senta no chão da redoma,
Que me pus a ocultar.

Com a cabeça nos joelhos,
E os joelhos no chão,
Oro para Ti meu Deus,
Que sempre me dê a mão.

Não me deixe mais perdido,
Mais perdido do já estou.
Faze com que seja absolvido
A alma deste que tanto pecou.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Alma Sonhadora

Tu, que trazes na alma esta angústia enorme.
Que sufoca seu lamento no desespero da ilusão.
Que grita de saudade por um corpo sem vida,
Envolta nos nevoeiros da recordação.

Tu, que se embriaga na agonia,
Que chora na noite, rezando por um novo dia.
Deixe de lado este grito abafado, este grito calado.
Verta seus poemas, na lágrima do olho derrubado.

Estás sozinha?
É.....sozinha estarás, se não mais se sentir.
Se não sentires mais o quente de seu sangue correndo nas veias,
Se não sentires mais o coração sonhador pulsar.
Se não sentires mais o amargo ácido das lágrimas,
Se não sentires mais quem existe a te amar.

Um pensamento, uma recordação.
São fragmentos vividos em uma vida de ilusão.
Vida esta que volta, a cada lembrança, a cada novo pensar.
Moribunda deixo de ser, e encantado volto a me tornar.

Eu mesma faço tortura constante,
Flagelo minha alma a todo instante.
Para me lembrar que devo sofrer,
E de quem tanto eu gosto, esquecer.

domingo, 13 de junho de 2010

Mudanças

Um poeta gritou uma vez:
“- Meu coração está doendo!”
E daí ?, disse o passante,
O meu está batendo.

Sem tempo para ver
O que o poeta queria dizer,
Foi-se o passante andando,
E ficou o poeta chorando.

Nem o poeta, e nem o passante,
Estavam de todo errado.
Cada um com seu semblante,
Cada qual com seu caminho traçado.

Pensou o poeta,
Que ser insensível das coisas do amor.
Pensou o passante,
Que tolo sonhador.

O poeta se pôs a pensar
Naquilo que falou o passante
E resolveu não mais tanto se entregar
De agora em diante.

O passante no seu intento
Também ficou a matutar
E achou que já era tempo
De para o amor olhar.

Assim como de um sobressalto
Limparam com pigarro a garganta
E ambos gritaram bem alto
“Chega! Agora é tempo de mudança...”

sábado, 12 de junho de 2010

Hoje










As paixões dELA, rosas champanhe, champagne e uma boa música.

Acho que você nunca conseguirá mensurar o quanto uma palavra sua, escrita ou falada, várias vezes por dia me faz bem. Esta é a sina.






Hay amores que se esfuman con los años.
Hay amores que su llama sigue viva.
Los inciertos, que son rosas y son espina.
Y hay amores de los buenos, como tú.
Hay amores que se siembran y florecen.
Hay amores que terminan en sequía.
Los que traen desengaños en la vida.
Y hay amores de los buenos, como tú.

Mi amor, mi buen amor, mi delirio.
No pretendas que te olvide así, no más.
Que tu amor fue mar cuando sedienta.
Me arrimé a tu puerto a descansar.
Que tu amor, amor, sólo el que un día
en tu pecho, vida mía, me dio la felicidad.

Hay amores que nos llevan al abismo.
Hay amores que jamás se nos olvidan.
Los que dan toda ternura y fantasía.
Son amores de los buenos, como tú.

Mi amor, mi buen amor, mi delirio.
No pretendas que sea poco mi penar,
Que tu amor fue luz de pleno día
Cuando todo era oscuridad.
Que tu amor, amor sólo el que un día
en tu pecho, vida mía, me dio la felicidad
en tu pecho, vida mía, me dio la felicidad

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Saudade

Visto meu manto.
Preparo meu pranto.
Não tenho acalanto,
e já se vai o encanto.

Dor e Sofrimento.
Angustia e tormento.
Saudade de sentimento.
Não há lágrimas no lamento.

Coração dormindo,
O corpo sorrindo.
Sigo mentindo,
A alma esvaindo.

Busco um conto
Que no fim tenha um ponto.
Fico meio que tonto ,
Não o acho, me desaponto.

Não há assunto,
Só o vazio do conjunto.
Quando não estamos junto,
Os fragmentos rejunto.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Sossegai

Só Você consegue,
então te peço aqui.
Nesta oração breve
o que eu não consegui.

Sossegai...

Sossegai esta aflição,
Sossegai este amor.
Sossegai meu coração,
Sossegai esta dor.

Sossegai esta saudade,
Sossegai a falta tua.
Sossegai esta ansiedade,
Sossegai a alma nua.

Sossegai o desassossego,
Sossegai o pranto.
Sossegai a falta de aconchego,
Sossegai por enquanto.

Sossegai....e me dê a paz,
Sossegai....e me dê carinho,
Sossegai e me faz capaz,
Sossegai e me dê caminho.

Sossegai....e me mostre a vida.
Sossegai....e me troque a cor.
Sossegai e seja minha menina.
Sossegai e me chame de amor.

Sossegai o nosso sonho.
Sossegai nosso coração.
Sossegai todo lado tristonho.
Sossegai....nesta minha oração.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

De Você

De você quero beijo.
Doce de goiabada,
com queijo,
e quase mais nada.

Quero carinho
e atenção.
Quero dormir
na tua mão.

Quero teu sorriso
Abrindo o raiar de meu dia.
Quero teu corpo
por mais que tardia.

Quero ir na praça episcopal.
Quero ver o por do sol.
Quero comer pipoca com queijo e sal.
Quero ser teu cachecol.

Te ver andando pela rua.
E fazer a janta tua.
Te acarinhar até dormir
e cochilar até você conseguir.

Te acordar com um olhar
Ou um beijo no rosto.
Me deitar no seu amar,
E aproveitar de todo seu gosto.

Quero ouvir você falar,
Nem que seja besteira.
Tua voz me faz acalmar,
Sossegar toda minha zoeira.

Pedir desculpas porque errei
dizer que não foi proposital.
Balbuciar que sempre te amarei
embora você diga que não faz mal.

Você sabe bem
Que o que digo é passado.
Já estava proscrito
Antes de ser divulgado.

Então mal não me entendas,
Sabes que muito te gosto, és meu esteio.
Deixemos de lado as contentas
E voltemos pro devaneio.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Tem Gente . . .

Tem gente que vive de migalha.
Tem gente que só quer o inteiro.
Tem gente que só vive quando escangalha.
Tem gente que só vive o derradeiro.

Tem gente que não fala nada.
Tem gente que fala demais.
Tem gente que pensa que é fada.
Tem gente que se esconde atrás.

Tem gente que pensa nos outros.
Tem gente que só pensa em si.
Tem gente que vive em calabouços.
Tem gente que não tá nem aí.

Tem gente que tudo quer viver.
Tem gente que só se quer esquecer.
Tem gente só dá prazer.
Tem gente que nos faz sofrer.

Tem gente guardada no peito.
Tem gente que é um encanto.
Tem gente que não tem mais jeito.
Tem gente que nem te conto.

Tem gente que se engana.
Tem gente que é tacanha.
Tem gente que é sacana.
Tem gente que só a esgana.

Tem gente que não esquecemos.(jamais)
Tem gente que muito queremos.(demais)
Tem gente por quem sofremos.(dói mais)
Tem gente de muitos extremos.(lá vai)

Tem gente que leva a gente.
Tem gente que deixa gente na gente.
Tem gente que é mais que gente.
Tem gente que é anjo atraente.

Tem gente que só viaja.
Tem gente que não sai daqui.
Tem gente que só se esborracha.
Tem gente que morre de rir.

Tem gente prá todo gosto.
Tem gente que não se contenta.
Tem gente que é um desenrosco.
Tem gente que ninguém agüenta.

......mas como eu gosto de gente.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Dorme . . .

Dorme meu anjo, dorme.
Dorme o sono justo.
Dorme meu anjo, dorme.
Dorme, enquanto te busco.

Descansa amor.
Descansa o corpo,
descansa a alma,
descansa a dor que se acalma.

Amanhã, quando novo sol surgir
você estará melhor.
Velarei seu sono a noite toda
com oração de força maior.

Olha!
Pessoa querida.
Olha o sol que nasceu
em nossa vida.

Mostrando um caminho,
Radiante.
Mostrando bem claro
o que vem adiante.

Deita a saudade
em nosso peito marcado.
Deixa ansiedade
no coração enamorado.

Agora, fecha os olhinhos,
Descansa mais um pouco.
Deixe que te faço muito carinho,
E que sonhe como um louco.


terça-feira, 1 de junho de 2010

Amarelo

Amarelo a cor da vida,
Que tanta energia trás.
Amarelo é a cor menina
Do sol quando se vai.

Amarelo é tua cor,
Ainda que não seja a dileta,
Representa teu ardor.
Assim te vê o poeta.

Energia pura.
Força em profusão.
És anjo de formosura
Guardada em meu coração

O dom da amizade
não deve ser confundido.
Com paixão desdobrada
ou amor recém adquirido.

Feliz daquele que a tem
e mais feliz é quem a recebe.
Não devo me explicar para ninguém,
Pois esta maldade não se percebe.

Sigo a admirar
As coisas belas da vida.
Tenho pouco para chorar
Uma paixão mal resolvida.

Segue você daí,
Menina adorada.
Sigo eu aqui,
Seu fã, de cisma castrada.



Chove no Rj, dia triste, cinzento, saudoso demais.