quinta-feira, 29 de dezembro de 2011




Limpe seu HD.
Faça uma indexação nas suas memórias.

Deixe em seu papel de parede diário
somente os ícones realmente necessários.

Não apague os outros.
Algum dia, você poderá precisar deles.


Não é preciso esperar um "novo ano"
para realizarmos as mudanças que tanto prometemos.

FAÇA-A JÁ !

A HORA É ESTA !

Intensifique o Amor.

Aumente infinitamente a Compreensão.

Acenda a vela da Prosperidade
e Ilumine seu caminho.

Deixe a Razão dominar,mas que ela seja guiada pela Emoção.

Tenham um ótimo Novo Ano.


terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Amor Sincero

Não despertes o meu amor,
Se dele não poderás cuidar.
Me deixe solto, por favor,
Para ninguém se machucar.

Nestas coisas do querer,
Tem de ter muita calma.
Senão podemos muito sofrer ,
e chorar por tempo a alma.

Uma aventura sem pensar,
Pode não dar certo.
E aí o afastar,
É pior do que o incerto.

Acaba a amizade,
Vai-se embora o querer.
Poderá ficar maldade,
E a vontade de não se ver.

Não se ver nunca mais?
Isto é coisa que não existe.
Pense um pouco mais,
Quem sabe você não resiste.

No coração está guardado,
Um carinho especial.
Só faz parte do passado
Quem nos fez algum mal.

Como assim não considero,
Te guardo com muito carinho.
Meu amor é sincero,
Apesar dos descaminhos.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Feliz Natal ! ! ! !




Para todos que aqui passarem,
e que não fizeram mal.
Deixo esta pequena mensagem,
Desejando Feliz Natal.

Ninguém pode te maltratar,
se você não o querer.
Basta deixar passar,
e o mal não vai nascer.

Aprendi a refutar,
coisas ruins que me dão.
Com certeza vai voltar,
a quem distribui ingratidão.

Ninguém pode te fazer mal,
isto eu volto a dizer.
Afinal daqui a pouco é Natal,
vamos o mal esquecer.



"Aqui não tem neve,
E nem trenó passeando na lua.
Luzinhas, algumas breves.
E muita gente morando na rua.

A alegria é de alguns,
As vezes de forma falsa.
Para muitos ou quiçá nenhum,
A solidão é o que realça.

Não serei piegas,
E nem do dono da verdade.
Mas uma pausa na refrega
Seria um pouco de bondade.

Olhar para o lado
Em que as coisas acontecem.
Nos será mostrado,
A realidade que nos acometem.

Um Feliz Natal
E um Ótimo Ano Novo.
Esqueça o que te faz mal
Pelo menos neste renovo.

Perdoe a quem errou,
Sem saber do seu ilícito.
Lembre-se, quem Te amou
Acabou no sacrifício."

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Rasgando Sonhos

Meus sonhos rasgo,
E espalho no chão.
Na boca vem o engasgo,
De reviver a emoção.

A cada pedaço largado,
Levado pelo vento.
Eu um pouco me mato,
Destruindo o que tem dentro.

É preciso fazer,
A faxina da emoção.
Por mais que possa doer,
É o que manda a razão.

Coloridos em aquarelas,
Não resistiram a chuva.
Viver com estas seqüelas,
É viver preso na gruta.

Que os levem os ventos,
Pedaço por pedaço.
Talvez em pensamentos
Eles tenham compasso.

Rasgado os sonhos de vez,
Não dá mais para colar.
Foi o que se fez,
Neste breve afastar.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Chuva

Não quero mais escrever,
Vou me aposentar.
Não deixar meus dedos dizer,
O tanto que se tem de falar.

Os olhos não vêem prazer,
Nas letras arrumar.
De forma que se possa ver,
O sentido do gostar.

Em uma noite de chuva,
Não houve novo raiar.
O que caia como luva,
Acabou de acabar.

Se foi o prazer,
De colocar no papel
Palavras para se ler,
Em um calor de aluguel.

A chuva vai lavando,
Limpando o que sobrou.
No caminho vai levando,
Perdoando o que não perdoou.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Por 3 minutos

Calado, o espelho contido
nem fala mais.
Deixei de ser amigo,
deste que tanto bem me faz.

O reflexo desconhecido,
Por ele estampado.
Deixou de parecer comigo,
Passou a ser do passado.

Ele, em seu próprio mundo,
Parece a tudo ignorar.
Vestiu-se de taciturno,
Para a todos enganar.

Eterniza o disfarce,
Entre o céu e o mar.
Que o tempo logo passe,
Para tudo ao normal voltar.

Por três minutos que seja,
Desanuvie um pouco a mente.
Viver desta peleja,
Só o tornará demente.

Depois disso,
nada mais foi dito.
Vai o paraíso,
fica o proscrito.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Retomando

Choveu a noite....
Pela manhã algumas folhas na relva
ainda mantêm pequenas gotas de água,
Enfeitando-as.....
Como se fossem pequenos diamantes,
Brilhando......
no parco sol da manhã nublada.
Retomo minha caminhada......
devagar, bem devagar.
Afinal para que a pressa ?!
É na pressa que se acaba perdendo
o pouco do que resta.
Um passo de cada vez ......
retomando o compasso.....
Voltando a querer fazer o corpo se mexer,
por mais debilitado que ele esteja,
por mais impossibilitado que seja,
retomar é preciso, a vida não para.
Se ela parar nada mais há de se fazer.
Um passo.......
depois outro.....
E o caminho vai ficando cada vez mais curto.
Quanto mais encurta o caminho
Mais aumenta a caminhada.
Assim é vida ......
Andando,
tropeçando,
levantando,
caminhando.
Enfrentando as chuvas que vêem a noite,
Mas com a certeza absoluta
De que uma nova manhã
virá no dia seguinte.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Passa o Tempo

Lá fora,
um mundo estranho existe.
Agora,
meio cinza, meio triste.

Já houve
O tempo do doce mel.
Já coube,
Tanto amor no papel.

Sempre se soube,
tudo um dia acaba.
Há quem roube,
O mais belo da fala.

É assim,
Que se passa uma vida.
Prá mim,
Como se fosse grande avenida.

Onde se desfila,
Vestida de ouro e prata.
Onde se destila,
O que cura, o que mata.

Restou,
Cinzas pelo chão.
Enrolou,
O corpo na solidão.

Em seu passinho,
Anda bem devagar.
Ainda tem muito espinho,
Para se pisar.

Ninguém nota,
Descansa em paz.
Não mais brota,
O outrora rapaz..

Sozinho...
Chora.
Vazio...
Vai embora.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Acordando

Retiro o véu da ilusão,
Que coloquei sobre tudo.
Abri mais minha visão,
Enxerguei o absoluto.

È bom viver de sonhar,
Criar um mundo imaginário.
Nele poder voar,
Como se fosse um aquário.

É restrito,
Por mais belo que seja.
É contido,
Por maior que se veja.

Iludir o coração,
Esconder a realidade,
Não enxergar além da razão.
Viver só da saudade.

Vou viver o que consigo.
O que está ao meu alcance.
Viver fora do perigo,
Já será o bastante.

O tempo é muito curto,
E cada vez fica menor.
Pode vir de vez um surto,
E ai eu já sei de cor.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Nova Chance

Um anseio vibra no peito,
Enquanto a tudo espero.
Deitado estou em um leito,
Mas não é isto que quero.

Quero sair daqui,
Viver mais um pouco.
Poder daqui fugir
E correr feito louco.

A frieza da realidade,
É que o corpo agora cobre.
Só buscar felicidade,
Antes que alguém me dobre.

Poder respirar fundo,
Encher o pulmão de ar.
Não ser só um moribundo,
Levar a vida a cantar.

O susto vem de repente,
Não dá mais para correr.
Te cercam, um monte de gente,
Resolvendo o que fazer.

Quando chega a solução,
Só me resta aceitar.
Agüenta coração,
Ainda há muito para enfrentar.

Mas Deus está de olho vivo,
E mais desta me livrou.
Acho que sou querido.
Por quem assim me criou.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

GAD

Graças a Deus,
Uma nova chance.
Fique com os seus,
Eu sigo adiante.

Quero a paz,
Do novo renascimento.
Não quero mais,
Viver de novo tormento.

Vida nova que surge,
Mudanças a realizar.
O tempo urge,
Não dá para esperar.

Tudo na vida,
tem um motivo.
Criar feridas,
Correr perigo.

Saber levar,
a coisa nova.
Superar,
o que incomoda.

Águas passadas,
Não movem moinhos.
Façanhas realizadas,
Foram deixadas no caminho.

Sigo adiante,
Em nova escolha.
Vivendo o rompante,
Antes que se morra.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Mais uma luta

Quando olho no espelho,
A cicatriz no peito marcada.
Um pouco da vida revejo,
E penso em tanta coisa passada.

Penso nos erros passados,
Penso nos abandonos.
Penso nos amigos deixados,
Penso em como somos.

O dom da vida,
Só Deus é quem dá.
Mesmo que você a ache perdida,
Só Ele te livrará.

Mais uma luta vencida,
mostra que a guerra não acabou.
Continuar brigando pela vida,
Aproveitando o que Deus me abençoou.

Superando todo dia mais,
Os transtornos colocados.
Não esquecer jamais,
Quem tens ao teu lado.

Agradeça todo dia,
Exalte com adoração.
Tenha Deus na sua vida,
E amor no coração.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

De Volta

É tão bom poder voltar,
Para esta casa tão querida.
Poder de novo olhar,
Algo que se construiu na vida.

Na rede poder deitar,
E escutar os passarinhos.
Lá fora, que estão a cantar
Saudando meu retorno ao ninho.

O céu de um azul celeste,
Nem uma nuvem a manchar.
Aproveitar tudo que me reste,
Desde o mais simples que há.

Voltar para a rotina,
Por mais chata que seja.
Cuidar da benção divina,
Antes que algo se anteveja.

Nunca reparei naquela flor,
Incrustada no prédio ao lado.
Resiste a tudo que for,
Depois de já ter brotado.

Queria ser como ela,
Suportando as mudanças do vento.
Mas não agüento sacudidela,
Me desmancho com o tempo.

Levantar a cabeça,
E dar mais uma volta por cima.
Mesmo que de novo aconteça,
De quase de vez perder a rima.


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Cante...

Para quando as coisas não dão certo.






"Concert for George".
Este é o show em tributo a George Harrison, com Billy Preston no vocal e no piano, na guitarra acústica Erick Clapton e o filho do George Harrison, no orgão Paul MacCartney, na bateria Ringo Sttar e Phill Collings entre outros....

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Vingança

Deixo fluir no soneto,
Um pouco de amargura.
Não mais me aborreço,
Com a falta sentida tua.

Nem na fria madrugada,
Nem na tarde abrasadora.
Tua és figura apagada,
Esquecida na morta lavoura.

Tiveste teu tempo de glória,
Fostes única a reinar.
Agora se foi a história,
Outro reino vai se formar.

Vasculho em cantos perdidos,
Resquícios do que sobrou.
Não quero nenhum artifício,
Para dizeres que se guardou.

Já enlouqueci em alta noite,
Uivando para a bela lua.
Feliz, você foi-se,
Embriagada pela tua loucura.

Deixando atrás de si,
Um corpo com alma pura.
Agora eu sou quem sorri,
Enquanto andas na amargura.

De derrotas a vida é feita,
Não importa quem se sagrou.
Importante é a alma refeita
E fechar o que tanto sangrou.

sábado, 1 de outubro de 2011

Quem Dera...

Quem dera fosse fogo,
Aquilo tudo imaginado.
Quem dera fosse pouco,
O tanto derramado.

Quem dera fosse verdade,
Tudo aquilo que foi sonhado.
Quem dera fosse só saudade,
O que se tem no peito guardado.

Quem dera fosse mentira,
Que tivesses ido embora.
Quem dera ainda fosses cativa,
Em meu peito, aqui, agora.

Quem dera não tivesse solidão
E vivesses em meu mundo encantado.
Quem dera toda escuridão,
Tu já tivesses iluminado.

Quem dera toda brandura,
Da tua pele tocada.
Quem dera toda formosura,
De te ver ali, deitada.

Quem dera a ilusão,
Tivesse continuado.
Quem dera o coração
não fosse o único sacrificado.

Quem dera houvesse tido,
A oportunidade das palavras.
Quem dera tivesses visto,
Nossas almas entrelaçadas.

Quem dera um dia na vida,
Tivesse outra oportunidade.
Quem dera tivesse, querida,
O teu tempo e tua idade.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Não sou

Me chamaram de poeta,
Mas poeta não sou.
Sou um simples pateta,
Não passo de um escrevinhador.

Um poeta é pleno,
Tem a mente abstrata.
Um poeta é ser supremo
No domínio das palavras.

Um poeta é completo,
Em todo o seu escrever.
A cabeça é repleta,
Borbulhando de prazer.

Ele escreve certo,
Em tudo que lhe vê.
Ele escreve bem perto,
Daquilo que se quer perceber.

Ele é pura inspiração,
Bem dentro do corpo.
Ele é muita imaginação,
Sempre tem um escopo.

A alma viaja,
Aonde ninguém mais vai.
A palavra encoraja,
E o poema sai.

Ele não é um,
Mas vários.
É um ser comum,
Em seu próprio planetário.

Um poeta não existe,
Ele é uma mitologia.
Tudo que ele disse,
Se transforma em magia.

Até chegar a este ponto,
Muito tenho de aprender.
Terei de ir ao encontro,
Do mais belo de meu ser.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Vida Torta

Não me peça para errar,
Desmanchar tudo o que já foi acertado.
Talvez deixando de pecar,
Me deixem um lugar reservado.

Não me deixe errar mais,
Além do tanto que já fiz.
De tanto ser pressionado,
Pareço até almofariz.

Nem tudo a vida erra,
Algumas coisas são certas demais.
Tem hora que tudo enreda,
Parece que não desata mais.

Então quando menos se espera,
Vê-se uma luz ao longe.
Fica de lado o desespera,
Abre-se novo horizonte.

Desagrado a uns,
A posição tomada.
Ou talvez a nenhum,
Nesta minha vida desabalada.

Mantendo firme o rumo,
E tentando não desviar.
Vou me firmando no prumo
Da nova vida tentar.

Desculpem os desagradados,
Ms não pretendo mudar.
Depois de ser desregrado,
Só quero a Um me fiar.

Um que alegria me deu,
Um que aplainou minha vida.
Um que a mim concebeu,
Um que me completa todo o dia.

A este Um sou fiel,
E assim vou me manter.
Na sua lei sou tabaréu,
Ainda tenho muito de aprender.

Já se foi a vida torta,
Agora é seguir em frente.
Ela que era quase morta,
Agora é água corrente.

sábado, 24 de setembro de 2011

Hoje .....

Hoje me esqueci das tristezas,
Hoje me esqueci das lamurias,
Hoje não quero riqueza,
Hoje não possuo balburdias.

Hoje não quero solidão,
Hoje não quero amarguras.
Hoje não quero sofreguidão,
Hoje não quero rasuras.

Hoje não quero impaciência,
Hoje não quero distancia.
Hoje não quero ambivalência,
Hoje não quero discordância.

Hoje não tem emoção,
Hoje não tem inquietude.
Hoje não tem nem ação,
Hoje não tem plenitude.

Hoje tudo some,
Hoje tudo desapareceu.
Hoje sou só um sem nome,
Hoje sou só mais um que sofreu.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Labirinto

Vou andando pela rua,
Olho rente ao chão.
Vou pisando meio firme,
Acompanhando a solidão.

Nem quero saber se chove,
Ou se o sol se fará.
O olho mal se move,
E o pensamento vive a voar.

Vôo longe,
Nem aqui estou mais.
Só o corpo se move,
A alma ficou lá trás.

Quase um morto-vivo,
Prestes a desabar.
A vida parece labirinto,
Difícil de se escapar.

E nestas valas negras,
Espero minotauro encontrar.
Para na luta derradeira,
O vencer ou me entregar.

Não conheço Ariadne e nem sou Teseu,
E nem tenho novelo a me guiar.
Somente tenho da vida o que ela me deu,
E com estas armas tenho de lutar.

Deste labirinto vou sair,
Disto podes ter certeza.
Muitas vezes ainda vou cair,
Mas levanto com ligeireza.

Vou chegar,
Ralado e sangrando.
O corpo vai festejar,
Mas a alma estará chorando.

domingo, 18 de setembro de 2011

Jejum

Jejua o saudoso poeta,
Dos tempos de imaginação.
Em que saciava a fome repleta,
Com palavras de emoção.

Na inanição do ser,
No oco da mente vazia.
Pode até não parecer,
Mas ele vivia de utopia.

E nos caminhos desencaminhados,
Conseguia sobreviver.
Com o corpo todo cortado,
Sangrava até quase morrer.

A alma se refazia,
Em tamanho sofrimento.
O coração não mais batia,
Se entregava ao lamento.

Enquanto um sofria,
O outro se alternava.
Ora um comia,
Ora outro chorava.

O tempo de seca chegou,
E chegou para ficar.
A terra fértil secou,
Nem lágrima tem para molhar.

Inverno em pleno verão,
Sufoco, falta de ar.
Que mundo mais louco
Em que fui me enfiar.

Alimentando-se do passado,
Jejua doce poeta.
Na vida tem fardos muito pesados,
a vida não é só balela.


Faça greve de fome,
Exponha todos os ossos.
Quem muito na vida consome,
Cai em profundo remorsos.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Perturbações

Ali, dorme a paz,
Naquela árvore,á sombra.
Em um afago tudo esvai,
Nenhum medo mais me assombra.

Nela me deixo sentar,
Aproveitando a brisa fresca.
Fecho os olhos a sonhar,
E eles surgem pelas nesgas.

Não abraço o vento,
Por ele sou abraçado.
Recebo o avivamento,
De viver entrelaçado.

Do rio sou leito,
Escondido sobre as águas.
Quando vem saudade no peito,
Por um instante tudo apaga.

Na chuva ainda me molho,
A face não fica seca.
A torrente que sai dos olhos,
Brota dentro da cabeça.

Neste mundo muito escuro,
Tateando eu vou.
Estou cercado de muros,
Nem sei mais quem eu sou.

Sem minha voz sair, canto.
Os sons não se detem.
Parece até quebranto,
Ou coisas que não convém.

O perto sempre está longe,
Parece tudo infinito.
Quem sabe sendo monge,
Não me torne um ser maldito.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Não Sei



Não sei se posso ir,
Não sei se posso ficar,
Não sei como sair,
Não sei como voltar.

Não sei como viver,
Não sei quando gostar,
Não sei quanto sofrer,
Não sei como não chorar.

Não sei mais amar,
Não sei mais falar,
Não sei o que dizer,
Não sei o quando calar.

Não sei com quem sonhar,
Não sei em quem pensar,
Não sei para quem cantar,
Não sei com quem beijar.

Não sei mais do silencio,
Não sei mais da escuridão,
Não sei mais o que penso,
Não sei mais da solidão.

Não sei,
E fico sem saber.
Um dia me deitei
E me deixei adormecer.

sábado, 10 de setembro de 2011

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O último poema


Queria escrever,
Um último poema de amor.
Em que pudesse descrever,
Tudo aquilo que o coração guardou.

Tentei o início buscar,
E não o encontrei.
Depois de muito pensar,
Na cama me larguei.

E com a mente solta,
Imagens começaram a vir.
No meio da noite revolta,
Você começara a florir.

Tanta gente passava,
Nem sei para onde vão.
Só você se destacava,
Balançando o coração.

E num impulso imediato,
Nossos olhares foram trocados.
E em total desacato,
Nós ficamos abraçados.

O tempo a volta parou,
nem sabia o que dizer.
Um lábio no outro colou,
Uma lagrima se fez escorrer.

Tentei escrever a cena,
Mas um sinal vermelho acendeu.
Você foi embora, que pena,
E tudo a volta emudeceu.

E o poema não sai,
As palavras não ajudam.
Quem sabe um dia vai
E no papel se juntam.

Enquanto o vento não vem,
Fico guardando saudades.
Do tempo que não se detêm,
E leva toda mocidade.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Com você



Me encontrei,
me perdi.
Viajei,
Conheci.

Magoei,
Fiz sorrir.
Chorei,
Adormeci.

Me dei,
Seduzi.
Fui um rei,
Me perdi.

Acabei,
Reconstruí.
Fora da lei,
Me prendi.

Naveguei,
Fui ali.
Alto voei,
E cai.

Machuquei,
Sacudi.
Agarrei,
Conduzi.

Implorei,
Frenesi.
Agora eu sei,
Eu morri.

sábado, 3 de setembro de 2011

Sou Única



Mente,
Diz que me quer.
Não me faz sentir carente,
Me chama de tua mulher.

Não me abandona,
Andando só pela rua.
Diz que ainda me ama,
Que sempre serei só sua.

Sou rosa solitária,
Preciso ouvir isto.
Em minha vida imaginária,
Tudo vira paraíso.

Tudo oprime,
Em todas as horas.
Só assumo desanime,
quando você vai embora.

Fica,
Fica mais um pouco.
Em seu colo me aninhe,
Deixa meu pensamento louco.

Seu carinho me sufoca,
Me deixa enlouquecida.
Vem, me afoga,
Em seus beijos e mordidas.

Com você sou plena,
Com você sou Eva.
Sou a eterna Helena,
Me bota no peito, me leva.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Linda Chuva

Perpetuum Jazzile é um coro esloveno que executa a música jazz e popular. Foi fundado como Gaudeamus Coro de Câmara em 1983 por Marko Tiran. Em 2001, Tiran passou a direção de arte do coro para Tomaž Kozlevčar, o renomado produtor musical, arranjador e vocalista, que foi seguido por Peder Karlsson dez anos mais tarde.

O coro é composto por dois cantores feminino e masculino. Eles são, ocasionalmente, agravado por instrumentistas de jazz da Banda Big RTV da Eslovénia e eslovena estrelas pop como Alenka Godec, Čukur 6pack, Alya, Pestner Oto, Plestenjak Jan, Derenda Nusa e outros.

O coral utiliza um amplo espectro de estilos de jazz, realizando harmonias complexas e densas,característica da música estreita harmonia. Eles foram originalmente inspirado por Gene Puerling, The Singers Unlimited, e The Swingle Singers.Eles executam bossa nova e música swing, bem como funk, gospel e pop ou a cappella com vocal percussionista Saso Vrabič aka. Multitarefa, ou com um trio de jazz.

Em 2006, o coral gravou seu álbum Čudna NOC, que foi lançado pela Dallas Records em setembro. Logo depois que ele organizou um concerto com Mansound (de Kiev, Ucrânia). Em dezembro, lançou seu primeiro vídeo Čudna NOC, a faixa-título de seu novo álbum. Faixas do álbum ocupou o topo das paradas das emissoras de rádio mais importante em torno Eslovénia, [carece de fontes?] enquanto o álbum em si foi classificado entre os dez melhores álbuns mais vendidos em Eslovénia. [carece de fontes?] Dois vídeos separados YouTube de seu desempenho de "África" ​​teve quase 10 milhões de visualizações combinado desde a publicação primeiro em maio de 2009 até junho de 2010. O desempenho também rendeu elogios do da canção co-escritor , David Paich .


quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Ele



Se tem hora que tudo aflige,
e parece que saída não há.
Tem hora que tudo te atinge,
e que teu mundo vai acabar.

Parece que o fundo do poço,
é o teu único lugar.
Por mais que vires o pescoço,
uma saída não dá para olhar.

Nessa hora meu amigo,
só existe um lugar.
Onde não mora o perigo,
onde a paz vais encontrar.

Basta curvar a cabeça,
Para onde dá prá olhar.
Tá lá em cima, obedeça.
Não desanima Ele vai te ajudar.

Só Ele tudo faz,
Só Ele tem a cura.
Só Ele nos trás a paz,
Só Ele nos ajuda.

Só Ele tem a força,
Só Ele tem o poder.
Só a Ele tu recorras,
Ele irá te atender.

Se quer Dele a ajuda,
Fala com Ele de coração.
Ela vem não desiluda,
Tenha um pouco de compreensão.

Obtendo a satisfação plena,
Dobre os joelhos em oração.
Dos teus erros se arrependa,
Deixe-O morar em seu coração.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Ela

Ela,
foi chegando assim,
Meio sem querer,
E eu nem tava afim.

Veio,
Toda sorridente,
Me pegou carente,
Encostou em mim.

Uma,
rosa com valor,
Espalhando amor,
Feito querubim.

Chegou,
desatando laços,
Tomando espaço,
Vestindo carmim.

E eu,
no desembaraço,
Tava no bagaço,
Caidinho sim.

Mas,
eu me deixei de lado,
Corri pro abraço,
Esqueci de mim.

Então,
fui enfeitiçado,
Me perdi no passo,
Entrei no festim.

E,
foi ficando sério,
E todo mistério,
Não era tão ruim.

Agora,
acabou passado,
Tô afivelado,
Quero tudo enfim.

Vamos,
deixa de bobeira,
Vem fazer zoeira,
Tintim por tintim.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O Bêbado

Trôpego e cego pela rua,
Quem é este que vem?
Tateando onde anda,
Não enxerga nada além.

Vem andando quase louco,
Balbuciando sem parar.
Tem o tom já meio rouco,
Talvez de tanto gritar.

Seus braços mais nem se mexem,
Parece até um zumbi.
Dele todos se compadecem,
O conhecem desde guri.

Mas o que aconteceu,
Ao antes vigoroso rapaz.
Foi alguém que ele perdeu,
Ou alguém que não o quer mais.

Foi a mulher loura,
aquela dos olhos claros.
Estava meio que louca,
O deixou no desamparo.

Uns não entendem,
Por que de tal situação.
Afinal mulher loura,
Tem no mundo de montão.

Conversei com o rapaz,
Interrogando da situação.
Me disse então o beberraz,
No meio da confusão.

Minha vida acabou,
Não sei mais o que fazer.
O meu amor me deixou,
Eu agora quero morrer.

Tentei contornar,
esta idéia maldita.
Prá que se matar?
A vida é tão bonita.

Ele então nos meus olhos olhou,
E falou de uma só vez:
Senhor, o meu tempo passou,
Estou vivendo na viuvez.

Então entendi,
O motivo afinal.
O amor que eu perdi
Também me jogou no abissal.

Sem mais o que dizer,
Para resolver esta emoção.
Pedi para não se abater,
Já vivi desta abafação.

Isto custa a passar,
lhe disse eu.
Vamos para casa descansar,
Que sabe o amanhã serás de novo teu.

Ao me afastar,
De tão perdida criatura.
Pude em mim notar,
Ainda vivo da mesma penúria.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A Morte da Menina

Emudece à luz da vela,
A outrora tagarela.
A linda e jovem donzela,
Não é mais flor de lapela.

Tão linda criatura,
Ela agora é eterna.
Não é minha, nem é sua,
Ela agora é fraterna.

Viveu como queria,
Encantou a quem a conheceu.
Era pura fantasia,
De famintos fariseus.

Só quem realmente a conheceu,
Sabia o que se passava.
Seu coração com o tempo entristeceu,
Não vivia, enganava.

Que lhe tenham piedade,
E também lhe dê descanso.
A menina da saudade,
Agora é só um encanto.

O tempo tudo apaga,
E a tudo desapega.
A menina tão falada,
Não passava de sapeca.

Não fazia o que dizia,
Não dizia o que fazia.
Era muita heresia,
Em seu mundo de magia.

Ela partiu,
E não mais voltará.
O seu tempo pueril,
Acabou de acabar.

Triste sina,
Da menina.
Viveu uma vida vazia,
Repleta de hipocrisia.

sábado, 20 de agosto de 2011

Amores

Amores são doces,
Amores são ternos.
Amores são como flores,
Amores não são eternos.

Amores são vis,
Amores são complacentes.
Amores quando não são viris,
Amores ficam doentes.

Amores são coloridos
Amores são demasiados.
Amores são um perigo,
Amores são exaltados.

Amores são como vento,
Amores são tempestades.
Amores são um alento,
Amores são cumplicidades.

Amores são agonias,
Amores são sofrimento.
Amores são alegrias,
Amores são contentamento.

Amores são de tudo um pouco,
Amores são muitas saudades.
Amores nos deixam loucos.
Amores são vidas na eternidade.

Amores vem,
Amores vão.
Amores vão além,
Amores enchem o coração.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Foi-se o Tempo

Foi-se o tempo em que dizia
Que meu mundo ia acabar.
E aos poucos eu partia
Sem muito com isto importar.

Não importava onde ia
Eu não via solução.
Sem saber o que dizia
Só dizia maldição.

Era lamento,
Era lamúria.
Era um tempo
Só de amargura.

Mas eis que muda a vida.
De repente, assim do nada.
Vai-se uma vida exaurida
E fica uma vida renovada.

Novo caminho se abre
Em um mundo meio gris.
E o que antes era desastre,
Acabou em um final feliz.

Pode até continuar,
Tudo meio que conturbado.
Aos poucos deixei de chorar
Olho sempre o outro lado.

Com temor e fé,
Vou seguindo adiante.
Pé ante pé,
Vou andando radiante.

Como é bom sentir
A alma toda renovada.
Não mais pensar em partir
E sim seguir na nova estrada.

Agradeço a quem me ajuda,
E ampara a todos também.
Me tirando da loucura,
E todo dia digo amém.

Em só ver o que convém,
Eu nada em volta via.
Eu antes era refém,
Em um ato de covardia.

Mas isto tudo passou,
Com a ajuda Divina.
Agora sou o que sou
Vou seguindo esta doutrina.

Nem sei se mereço tanto,
Depois de tudo que fiz.
Mas só em secar o pranto,
Já sou um homem feliz.

domingo, 14 de agosto de 2011

Eu

Já tive de tudo na vida,
Que coube na palma da mão.
Já tive amor de menina,
Já tive amor de irmão.

Dois filhos com muito orgulho
E algumas histórias prá contar.
Já corri risco, comi bagulho.
Já sofri muito de tanto amar.

Os meus pais se foram cedo,
E um irmão se foi também.
Já tive da morte medo,
Hoje só espero quando ela vem.

Dos amigos tenho orgulho,
Irmãos que a vida me deu.
Para muitos sou taciturno,
Para outros sou só um Romeu.

Quando me apaixono,
Sou total dedicação.
A noite me vem o sonho
E nele, sou dono de meu timão.

Sou meio que palhaço,
E como todo palhaço sou triste.
Também não sou feito de aço,
Não deixo uma lágrima em riste.

Só viver um novo dia,
Hoje, é tudo o que peço.
Mais um dia de fantasia,
É pouco, eu sei, confesso.

Um rei ou então um escravo,
Um conselheiro sem a menor inclinação.
Uma coisa eu sei, só falo,
O que me vem do coração.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Encoberto

Passo,
Príncipe oculto
Encoberto em véus.
Ando
por sombras flutuantes,
E não me vêem.
Nos meus gestos,
Não há nenhum gesto
De nobreza,
Só falsidade
habita neste mundo.
Do trivial,
se faz o vil.
Do normal,
se faz o partiu.
A alma insatisfeita
Busca por onde existir,
Na máscara suspeita da vida
Se assoma o falso,
Indiferente,
a qualquer outro sentimento.
Não me julguem,
Todos somos pecadores
Nas artimanhas e teias
traçadas pelo destino.
Não se julguem,
Porque os véus
São impostos para usarmos
como se fossem burcas
da honestidade plena.
Não me conceituem diferente,
Julgo-me abaixo
de qualquer outro ser.
Encoberto, só passo pela vida.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Não me acharás

Não me acharás
Em meus poemas.
Talvez nas entrelinhas encontrarás,
Alguma dor, algum tipo de pena.

Não me sentirás
nas minhas palavras.
Talvez nelas encontraras
Alguma coisa que me trava.

Procura-me na solidão,
Em alguma parte de teu corpo.
Procura-me na escuridão,
Vagando como se fosse corvo.

Na loucura total,
Talvez me veja.
Como se fosse marginal,
Na vida que se almeja.

Procure-me na insanidade,
Procura-me na insensatez.
Encontre-me em um resto de saudade.
Encontra-me na embriaguez.

Em uma ponta de rio,
Em um braço de mar.
Bem no meio do estio,
Ainda estarei por lá.

Nos dias desolados,
Lá também estarei.
Nos labirintos encontrados,
Em um canto eu estarei.

No silencio da noite,
Sob a luz do luar.
Serei lembrança que foi-te
Um dia a encantar.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Tantas Coisas

Muitas vezes passos.
Muitas vezes rua.
Muitas vez laço.
Muitas vezes ternura.

Umas vezes cio,
Outras vezes aflição.
Umas vezes rio,
Outras vezes um cão.

Algumas vezes covardia,
Em outras desespero.
Algumas vezes ladainha,
Outras vezes desassossego.

Ah...já fui poesia,
Com a mão do destempero.
Mas também já fui criancinha,
Sorrindo com novo brinquedo.

De tantas coisa que fui,
Nesta curta vida minha.
Só não fui o que seduz,
O coração de uma rainha.

Um dia ainda serei,
Tudo aquilo que desejo ser.
Talvez até possa ser rei,
Se um reino aparecer.

Sou vagabundo.
Sou desleixado.
Sou taciturno.
Sou desalmado.

Uma simples sombra,
Ou talvez um descaso.
Sou mais um não consta,
Ou talvez um não me acho.

Sendo vento,
Ou sol brilhante.
Vou sedento,
Buscando o adiante.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A Estrada

Quando vou por minha estrada,
Nem de longe vejo o fim.
É onde deixo minha pegada,
Não tem ninguém além de mim.

Lá são sempre dois caminhos,
Que eu tenho de traçar.
Um, é onde caminho,
O outro, onde quero caminhar.

Ela é feita de poeira,
Que levanta com o vento.
Lá se faz muita asneira,
Lá se fica ao relento.

A lua brilha no chão,
Jogando beleza no que é feio.
Lá tem muito senão,
E uma chuva de anseio.

Este caminho é muito longo,
Muito ainda tenho de caminhar.
Tem muita árvore, muito tronco,
E umas flores também tem por lá.

Nas tardes tão douradas,
Para um pouco para descansar.
Sou só eu e mais nada,
Nesta estrada a caminhar.

As vezes alguém aparece,
Para nesta estrada caminhar.
Mas logo, logo, se entristece,
E busca outra estrada para andar.

Vejo todos irem longe
Meu andar é devagar.
Todo dia um novo horizonte,
Que tenho de desbravar.

sábado, 30 de julho de 2011

Recebendo

O olho não mais viu,
O ouvido de mudo se fez.
No nariz o ar extinguiu,
Na boca a palavra virou mudez.

O fim se aproximava,
Nada mais a fazer.
Mas Jesus tudo mudava
E um novo ser fez renascer.

O físico se curou,
Um novo espírito renasceu.
Na alma nova luz brilhou,
Depois que Deus me concebeu.

Novas cores foram pintadas,
Toda a reforma concluída.
Não há mais nada,
que se tema nesta vida.

Quando assim se ver,
No fim de seu caminho.
Levante os olhos para receber,
De Deus todo carinho.

Nada impossível é,
Para Aquele que tem muito amor.
Basta ter fé,
E aceitar o Salvador.

Receba-o no seu coração,
Puro, com iniqüidade.
Torne-se de todos irmão,
E venha para esta fraternidade.

Do Espírito Santo vem todas as curas,
Guiado pelas mãos de Deus.
Esqueça suas desventuras,
Coloque o rancor no museu.

Feche seus olhos e ores,
Pelo menos uma vez ao dia.
Agradeça pelas coisa menores,
E peça a Deus sabedoria.

Para aceitar o que vem,
Mudar o que puder.
Valorizar tudo que se tem,
E não murmurar na Fé.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Um Ser

Porque escrever?
Se não há quem leia.
Só eu vou saber,
O que minh’alma saboreia.

Deixado de lado a vergonha,
Não importa nada mais.
Mesmo que se suponha,
Que ficou algo para trás.

Elas fluem pelos dedos,
Sem controle algum.
Com elas se vão os medos,
Me sinto um ser comum.

Correm como rio,
Enchendo todo o papel.
Deste modo choro, rio,
Sou só mais um réu.

Um bobo,
Que a toa se ilude.
Um trovador,
Tocando solitário alaúde.

Neste meu ser encantado,
Reside um outro ser.
Um ser imaginado,
Que um dia poderia ser.

Na briga do imaginário,
Com o real.
Sou só mais um otário,
Mais um cara de pau.

domingo, 24 de julho de 2011

Absurdamente Absurdo

Sou reprodutor como um burro,
Sou peixe como baleia.
Da girafa herdei o urro,
Tenho tudo que se anseia.

Tenho o preto da flor,
Que na vida me maqueia.
Sou carregado em andor,
Para a pira da aldeia.

Vou ao fundo do mar morto,
Embora pareça absurdo.
A dor eu não absorvo,
Deixo ela no obscuro.

Faço da vida escória,
Levando como ela o quer.
Não sobra poeira nesta história,
Nem guardada na sola do pé.

Sou caminho que passou,
Sou vento que não sopra.
Sou som que não soou,
Sou apenas folha morta.

Deste modo sou levado,
Por trilhas desconhecidas.
Cada vez mais acabado,
Pelo tempo desta vida.

Então se fez meu mundo,
Como se parido por mulher.
De um ventre não fecundo,
Só sai o que não se quer.

Mas eu sou teimoso,
Briguento e turrão.
Não vai ser um invejoso,
Que me deixará de quatro no chão.

Quebro a cara,
Vou a briga.
A ferida depois sara,
Só fica a lágrima escorrida.

Secado o rosto inteiro,
E com disposição renovada.
Serei de novo vaqueiro,
Montando na vida braba.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Levando a Vida.

Mais um dia de desafio,
Mais uma luta pelo pão.
Em um mundo meio vazio,
A única coisa que tenho é o não.

Na incoerência,
Do sem sentido.
Toda a gente,
Anda por um fio.

É uma luta constante,
Na batalha do dia-a-dia,
Mas tem de ir adiante,
Mesmo pela analgesia.

Tem de sorrir.
Tem de cantar.
Tem de cair.
Tem de levantar.

E disto é feita a vida,
Sem poder esmorecer.
Carregar a dor sentida,
Até o dia de morrer.

Quando este dia chegar,
Tudo estará acabado.
Você então se sentirá,
Só mais um pobre coitado.

Que viveu a vida que passa,
E não a aproveitou.
Então tente, relaxa,
Esqueça quem te magoou.

Tente sorrir,
Tente cantar,
Tente fluir,
Deixa passar.

É meu caro amigo fiel,
É muito fácil de dizer.
Levar esta vida com mel,
É que eu quero ver.

Mas tudo posso, tudo tenho
em quem tem a Força maior.
Dirige-me a vida e o cenho,
Buscando um mundo melhor.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

As Palavras

Gosto de escrever.
As idéias são bonitas.
As palavras podem não ser,
Mas me ajudam no correr da vida.

Falar de romance.
Falar de satisfação.
Falar do cotidiano,
Das coisa que vem e vão.

Falar de tudo um pouco.
As vezes do mesmo assunto.
As palavras me deixam rouco,
As idéias são um absurdo.

Colocar o preto no branco.
Esvaziar o que me contem,
Tentar ouvir acalanto,
De onde ele não vem.

Fiéis companheiras.
São as palavras escritas.
Mesmo sem eira nem beira,
Me conduzem ao mundo, benditas.

A quem as sopra na mente,
Só desejo satisfação.
Curaste mais um demente,
No seu mundo de solidão.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Deus

Deus nos ajuda.
Deus nos ampare.
Deus que nos acuda.
Deus não nos separe.

Deus é dom.
Deus é firme.
Deus é tão bom,
Ele só espera que você confirme.

Deus é luz.
Deus é graça.
Deus me conduz,
Guiando tudo que se passa.

Deus é alegria.
Deus é muito amor.
Este Deus me contagia,
a ele lanço louvor.

Deus cega meus olhos,
para as coisas de tentação.
Deus derrama-me os óleos,
e renova a alma e o coração.

Deus meu amigo,
Deus meu salvador.
Com Ele não corro perigo,
Estou com Ele seja onde for.

Deus é vida.
Deus é amparo.
Deus é alegria,
Por tudo que passo.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Veneno

O veneno da dor,
Os olhos me venda.
Nem seu breve clamor,
Fará com que meu coração os atenda.

Me fecho em copas,
Me visto de ruínas.
As lágrimas no peito brota,
Para viver esta sina.

O desmerecimento,
Que tu me derramas.
Cairá no esquecimento,
Do jeito que tu me amas.

Eu muito me magôo,
em pensar no que te disse.
Sei que te perdôo
Sem você talvez eu não existisse.

Você para mim é vida.
Você para mim é satisfação.
Você sempre será muito querida,
E mora eterna neste coração.

Só quero teu bem,
Dos perigos te proteger.
Você ainda é um neném,
Para da vida tudo saber.

Você muito rápido cresceu,
A independência logo virá.
Para mim isto já morreu,
Me dá um abraço, vem cá.

A distancia contagia,
Todo o corpo de saudade.
Me afogo em agonia,
Com esta sua liberdade.

Minha menina me perdoa,
Se por acaso a magoei.
Mas o tempo na vida voa,
E eu não me preparei.

Já não és mais menina,
Cresceu, virou mulher.
Esta sua indisciplina,
É coisa de quem sabe o que quer.

Durona, sem coração,
nariz em pé, independente.
Parece até recordação,
Do meu tempo de adolescente.

Somos iguais,
De outro modo não poderia ser.
Os meus sinais,
Procure as vezes entender.

Tenha mais paciência,
E um pouco de consideração.
Mesmo com toda esta efervescência,
Nunca te deixarei na mão.

Um beijo enorme,
E muito obrigado.
Daqui, de quem nunca dorme,
Esperando estar ao seu lado.

sábado, 9 de julho de 2011

Novo Mundo

Não adianta combater,
Quando chegar a vontade.
Olhar aquilo que não querias ver,
Antes que seja muito tarde.

Seus olhos se abrem,
Para diferentes visões.
O coração já não bate,
Ele vibra aos borbotões.

Tudo muda de sentido,
Tudo passa a ter uma razão.
Deixas de ser combalido,
Quando recebes a unção.

É meu querido irmão,
Na vida não tente entender.
Quando chama o coração,
você para de sofrer.

E é conhecendo a cura,
Em quem tem a força Maior.
É que se deixa de lado a amargura,
E passa-se a viver melhor.

Um dia, espero eu,
Você entenderá.
Que só o amor a Deus,
Fará você alcançar.

Chegar no novo mundo,
tarefa tão fácil não é.
Tem de cavar um pouco mais fundo,
E encontra apoio para o pé.

Serás olhado de lado,
E talvez motivo de zombaria.
Mas terás achado amparo,
Naquele que para ti a vida daria.

Não deixe que isto desvie,
O seu firme propósito teu.
Levante a cabeça e espie,
Aquilo que você percebeu.

Deixe de lado a maldade,
E sigas com ardor.
Caminhe com naturalidade,
Nos caminho do Senhor.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

No eterno caminho inconstante,
Na vida não para de passar.
Nem por um breve instante,
A vontade de sonhar.

Sonhar com saúde,
Sonhar com riqueza.
Em manter a eterna juventude,
Em deixar para sempre a pobreza.

Mas o sonho maior,
Não está no que queremos.
Está em ser melhor,
Melhor naquilo que mais cremos.

A fé é a força de Deus.
A fé que nos faz prosseguir.
A fé que Deus dá aos filhos Seus,
É a Fé que queremos sentir.

Na entrega absoluta,
ao caminho do Criador.
Não existirá disputa,
Na divisão do seu amor.

Filhos, mulher,irmãos, mãe e pai,
Claro que seu amor terão.
Este é um amor que não se vai,
É um amor de coração.

O amor Divino é diferente,
É um amor que contagia.
Vem crescendo em tanta gente,
Parecendo epidemia.

Doença boa de sentir,
Que não há neste mundo cura.
Pena que demorei a sorrir,
Em meu mundo de amargura.

O caminho eu já achei,
Basta agora com fé seguir.
Pedir perdão pelo tanto que errei,
E deixar a alma sentir.

Sentir como é delicioso,
O corpo, como um todo, engrandecer.
Se tem algo mais maravilhoso
Só Deus me fará conhecer.

domingo, 3 de julho de 2011

Um Afago

Não passo de um afago,
Mas mãos de Deus.
Um dia serei abraço,
Este é um desejo meu.

Dos malmequeres da vida,
Carrego o peito meu.
Mas o Divino fechará a ferida,
Deste um dia ateu.

Toda a sorte do mundo,
Irá sobre mim derramar.
Nunca mais serei vagabundo,
No sentido de em Ti acreditar.

Pétala por pétala desfolhei,
daquilo que a mim consumia.
Agora em novo tempo eu sei
Quem governa a vida minha.

Que não seja julgada pelo passado,
A vida que te apresento.
Tudo de ruim foi enterrado,
Só nasce novo rebento.

Só vitórias espero,
Mas tenho de fazer por onde.
Não sejais comigo tão severo,
Mas Tua mão sobre mim ponde.

Quando eu errar,
Repreenda com carinho.
Ilumine meu caminhar
Não me deixe mais sozinho.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Meu menino

Parece que foi ontem
Que este menino nasceu.
O tempo passa rápido
E nem se percebeu.

Como este menino cresce,
E nem se nota.
E a gente envelhece,
E ele já quase não passa na porta.

Quando me dou conta,
Ele é quem me pega no colo.
Toda vez que ele apronta,
Levo uma bronca a tiracolo.

Mas não tem jeito,
Aquele olhar que ele tem
Quebra qualquer trejeito,
E me faz de seu refém.

É meu menino querido,
Que agora quer as asas bater.
Para mim você nunca terá crescido,
E a te embalar a noite eu vou ter.

Vou velar seu sono,
suas bagunças arrumar.
Mesmo quando chegar o outono
Ao teu lado vou estar.

Pequeno gigante,
Que cabe certinho em meu coração.
Sei que tens de ir adiante,
Mas não saia da palma de minha mão.

Pode ir,
eu finjo que não ligo.
Vou sorrir,
Com o coração espremido

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Entrega

Quero viver na graça,
e por Ti sempre ser abençoado.
Quero vencer no peito e na raça,
Estando ao teu lado.

Nada irá deter,
esta minha trajetória de vitória.
E se alguém tentar interromper
Aí Tu entras nesta história.

O empecilho remove,
Os mares revoltos acalma.
Na alma coloque um renove,
És Tu refrigério da alma.

Nem todos os caminhos,
a Ti conduzem Jesus.
Quem só conhece o descaminho,
não reconhece o sacrifício da cruz.

OH Deus me mostre o caminho,
retira a impureza do passado.
Acolhe este ser pequenino
que escolheu andar ao teu lado.

Visando não mais errar,
tentando a vida perfeita.
Senhor vem ajudar,
melhora a minha colheita.

Muitas vitórias vou ter,
um novo campo semear.
Algumas lágrimas ainda vou ver,
Mas o Senhor irá me amparar.

A Tua mão irá me tocar,
e curará todas as feridas.
Nada mais de Ti irá me afastar,
és Tu a salvação para a eterna vida.

Já refeito e renovado,
Me visto com roupa de festa.
Vou ao encontro de meu Amado,
E entrego-lhe tudo que me resta.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Um Barco

O que era gigante,
Agora aplacou.
Não é mais como era antes,
Coração esvaziou.

Tantas fizestes,
Distribuindo ingratidão.
Deixou-me a boreste,
No sentido da navegação.

E deste novo angular,
Outras vista alcancei.
Encontrei um outro mar,
E por ele naveguei.

Um mar de calmaria,
Um mar de exatidão.
Um mar sem muita magia,
Mas um mar sem preocupação.

Prefiro navegar a leve brisa,
Do que vento forte enfrentar.
A idade já não prioriza,
Tanta energia gastar.

O barco já está gasto,
De tantas tempestades combater.
Já não ando, me arrasto,
Tentando o rumo manter.

Só quero agora encontrar,
Um porto que me acolha.
Para poder ancorar,
E viver o resto da vida tola.

Quando lá chegar,
As cracas arrancarei.
Com o casco limpo, pintar
Achando que me renovei.

Velho barco navegante,
Já é hora de parar.
Desligar este motor roncante,
E parar de navegar.

Deixe a ferrugem comer,
O que resta da estrutura.
Nem adianta combater,
Aceite com ternura.

O fim é chegado,
Para todos nós um dia.
O tempo do barco é passado
E ele o viveu com alegria.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Alforria

Se não tivesse tido,
tanta pressa.
Se tivesse mais um pouco,
de conversa.

Se não fosse tão grande assim,
a entrega.
Se não tivesse acontecido,
A refrega.

Teríamos uma vida inteira,
de dedicação.
Teríamos vivido,
uma enorme paixão.

Se a gente pudesse,
mais calma ter.
Se a gente não tivesse,
falado tanto até doer.

Se a gente não tivesse,
Exagerado.
Se a gente tivesse,
Calado.

O sentido da realidade
Não seria ficar a sós.
O destino acabaria
Virando tudo de nós.

Exageramos,
Falamos,
Vivemos....
Nos demos.

Qual o segredo,
Que não descobrimos.
Qual o peso,
De não nos abrirmos.

Erramos na dose,
Tomamos em demasia.
Bebemos na psicose,
Conseguimos a alforria.

sábado, 18 de junho de 2011

Todos Iguais

Todo mundo agora é gente,
o “para sempre” não existe mais.
Não tem mais ninguém diferente,
agora todos são iguais.

A quem tanto adorava,
o tempo levou.
E o que sobrou nesta estrada,
o vento arrastou.

Acabou “meu anjo”,
acabou “meu amor “.
Agora vou ver se me arranjo,
carregando vazio andor.

Meu bem eu quero te dizer,
de coração, muito obrigado.
Por um dia na vida ter,
este grande amor me mostrado.

Fica o vazio deixado,
em um peito antes cheio.
E todo amor derramado,
agora é devaneio.

Fica o sonho
do que passou.
Fica o amargo fel
do que sobrou.

Todos agora são iguais,
não há mais distinção.
Somente tu prevalece
guardada com paixão.


Me acostumarei com o vazio.
Me acostumarei com a solidão.
Um dia quem sabe no frio,
A lembrança aqueça meu coração.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Refrega

Eu caio,
e me levanto.
Eu saio,
escondo o pranto.

Na vida,
eu ainda me espanto,
não há guarida,
não há acalanto.

Tem de ser duro,
Tem de ser cruel,
Encarar como maduro,
Saborear o sabor do fel.

Achar que é normal
As punhaladas recebidas.
Engolir todo o mal
De pessoas acolhidas.

Não revidar
a tantas provocações.
A Deus entregar,
Sem muita comoção.

Seguir na calma,
Esquecendo o que passou.
Encarar tudo como criança
Que com outra criança brigou.

O tempo se encarrega
De a verdade mostrar.
O resultado de tanta refrega
Só foi um enorme desgastar.

Não vai adiantar
Varrer todo o deserto.
Só vai atarantar
o pensamento incerto.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Encanta-me

Encanta-me, e nada quero
Além de teu suave ouvir
Na falta me desespero
Até deixo de existir.

O sono meu embala,
Com o teu cariciar.
Seja no quarto ou na sala,
Só quero em ti descansar.

Encontro toda a paz,
Que sempre procuro.
Só você me refaz,
Me tira do obscuro.

Sua pele macia,
Seu aroma de mel.
É como se fosse fantasia,
É como se morasse no céu.

Nas noites fico a sonhar,
Se é real o que sinto.
Ou então ao acordar
Todo sonho foi extinto.

Me ame. Me encante.
Domine com perfeição.
Este ser, ora vagante
Que lhe entregou seu coração.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Mais Linda

Tua voz
suavemente embala,
tudo aquilo que há em nós.
E a volta se cala.

Levemente me beija,
Como uma caricia.
E tudo a volta deseja,
Um pouco mais de malicia.

O meu momento de anseio,
Cessa por um instante.
Com o arfar de um seio
E um calor abrasante.

Nada mais escuto.
Nada mais me fala.
Deixo de ser impoluto,
Só o meu corpo agora fala.

Deixo o coração explodir,
Em milhares de fragmentos.
Passa a não mais existir,
O mais relés pensamento.

Tudo fica leve,
Paira tudo no ar.
Não há quem não revele
O que acabou de acabar.

Na explosão infinda,
O coração vai parar.
Nada é tão linda,
Quanto você a arfar.

domingo, 5 de junho de 2011

Te Amo

Depois que te conheci,
Muita coisa em mim mudou.
Nunca mais vivi,
Como no tempo que passou.

Você me preencheu o vazio,
Você me acolheu na solidão.
Quando tudo parece sombrio,
Você vem e me estende a mão.

Você na desordem, organiza.
No momento da dor, me conforta.
No auge da imensa alegria compartilha.
No total desespero, me suporta.

Na raiva, me faz perdoar.
Na razão, me amansa.
No tumulto me faz acalmar
E me enche de esperança.

Na solidão me acompanha,
No fervor me desperta.
Tua fé em mim é tamanha,
Não há quem a dispersa.

Você é quem procurei,
Por toda minha vida.
Agora que te encontrei,
Vou me curar das feridas.

Me acolhe em tua mão.
De paz, minha alma enche.
Me adormece na mansidão.
Vem, todo meu corpo preenche.

Não quero abandonar,
O começa desta vida nova.
Guia sempre meu caminhar,
Me mostra a tua prova.

Afasta o desespero,
Me faz um servo dos teus.
Me mostra o exagero
De ter teu amor, ó Deus.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Replantando

Você quer a chama,
novamente acesa.
E vem como cigana,
Lendo mão sobre a mesa.

Fala o que quer,
Sem muito se importar.
O teu jogo de mulher
que acabou de acabar.

Refaça sua vida novamente,
o que tínhamos já desmanchou.
Sofri igual demente,
com algo que já acabou.

Insistir no sonho que passou
É errar em demasia.
Apagar o que restou
Para muitos é primazia.

Agora vá, pegue sua estrada.
Siga no sol seu caminho.
Deixe a terra aqui assim, sem nada
Eu plantarei tudo de novo sozinho.

No meu tear de sonho e vida
Você não tem mais vez.
A árvore que era crescida
Foi arrancada de vez.

Lavrarei a terra no peito,
E novas sementes plantar.
Plantarei amores-perfeitos,
E deles voltarei a cuidar.

Com suas flores raiadas,
E em diversas cores,
Serviram como boas entradas
A quem quiser se livrar das dores.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Campo Minado

É ruim andar em campo minado
Sem saber onde pisar.
Será que serei detonado
Ou dele conseguirei passar.

Nem sei mais se quero continuar,
Começa a forte pressão.
Volte e meia tem alegria,
Volta e meia decepção.

Para que vale caminhar
Se o final pode ser conhecido.
È melhor logo retornar
Do que se tornar desconhecido.

O momento é de parar,
E melhor o caminho conhecer.
Para depois não ter de mudar
E de novo retroceder.

Só espero ter equilíbrio,
E a decisão certa tomar.
Posso até me tornar inimigo
Só não quero mais me machucar.

É melhor se resguardar,
Enquanto não vem a decisão.
Um pouco se calar,
E abafar o coração.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Boa Viagem

Esta chegando a hora,
De a saudade um pouco matar.
Segure um pouco a ansiedade,
e não deixe a lágrima rolar.

Você conhece a mocidade,
ela é dura de doer.
Não demonstre sua fragilidade,
e nem fique a se comover.

Minha amiga querida,
Pessoa de muita estima.
Não brigue com a menina,
Ela é muito traquina.

Ela precisa de sua força,
Para poder continuar.
E você que já foi moça,
Sabe o que ter de se virar.

Ambas são fortes demais.
Ambas são objetivas,
Ambas tem fragilidades.
Ambas querem vencer na vida.

Então vá,
e a abrace forte.
Rodopiei pelo ar
E não reclame da sorte.

Ela vai crescer um pouco mais,
E saber reconhecer.
O que fizeste por ela lá trás,
O quanto a ajudou a crescer.

Boa viagem,
e que Deus esteja contigo.
Na ida levas ansiedade
Na volta encontrarás abrigo.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Trem da vida

Vou bordando saudades,
Nos corações alheios.
Deixando criatividades,
E talvez algum anseio.

Nem sei para o que vim,
Neste mundo tão perdido.
Só queria ser querubim
E não, mais um maldito.

Modelando tristezas,
Plantando agonias.
Vou colhendo friezas,
Ao final de todo dia.

Que mal te fiz!
Para me deixar esta herança.
Só queria ser aprendiz,
E na vida ser criança.

Mas tenho no peito impresso,
Marcada com fogo ardente.
Desta, não há regresso,
Está na hora do poente.

Entrego-me sem luta,
Pois ela de nada adiantará.
A saudade absoluta,
Irá querer me abraçar.

Deito-me em leito de paz,
Esperando o trem da vida.
Já não sou mais capaz,
Agora não há medida.

Ao longe ouço o apito,
Após a curva, a chegar.
O destino já foi escolhido
Só resta neste trem embarcar.

Me assento na janela,
Com a paisagem a passar.
Ao longe fica a donzela,
Que tanto se fez encantar.

Aguardo chegar,
Uma nova estação.
Para poder desembarcar,
E conseguir absolvição.

domingo, 29 de maio de 2011

A quem interessar possa.

Senhor ou senhora que se assina Brison Mattos, não seguirei mais com esta história sua, se quiser fazer alguma coisa faça-o a vontade, não tirarei o que postei e em nenhum momento fui ofensivo ou cometi algum tipo de agressão ou descriminação, o que caracteriza o Bullyng, eu simplesmente reagi a "SUA AGRESSÃO DE FORMA GRATUITA."
Não tenho nenhum tipo de contato ou relacionamento com vós, portanto seu "rompimento de amizade", seria unilateral e minha "vida vazia" seguiria normalmente.
Faça o que bem achar melhor, se quiser denunciar, denuncie; se quiser ir embora e nunca mais voltar, faça-o e vá com Deus, você deve estar precisando de algum tipo de ajuda divina, aliás pensando melhor, todos nós precisamos deste tipo de ajuda.

Lembre-se do artigo 340, 341, 342 do C.P.

As demais pessoas que por acaso aqui venham ler estes escritos, peço, mais uma vez, desculpas, mas algumas pessoas acham que o anonimato da internet poderá as tornar forte e dar a força necessária para serem agressivas ou deseducadas e que isto as torna acima de tudo e de todos.

Abaixo posto o que esta pessoa escreveu e que eu me recusava a publicar por achar ofensivo.


"fodam-se os versinhos, as riminhas, as estrofes vazias, fodam-se as palavras tiradas do vazio da alma dos poetas que não tem o que viver na real e com isso vivem a escrever sonhos...que sinceramente não estou mais a fim de ler por acreditar que pessoas assim são vazias também.Fodam-se os sites de audiobooks que tb não tenho vontade alguma de fuçar, fodam-se o que me desejam boa leitura, fodam-se os que vivem a dizer adeus por pura incompetência de se viver a dois, fodam-se os covardes fingidores , fodam-se todos aqueles que um dia eu pensei serem amigos...e sabe por quê? Porque por mais que a realidade seja dura, ela sempre vai me mostrar o caminho do bem, o caminho do amor e que aqui fora é que eu sou gente e valorizada.Bom dia , seja feliz e até nunca mais. "

Postado por brisonmattos no blog Retalhos de Sentimentos. em 23 de maio de 2011 09:04



"voce vai tirar o meu nome daí, ou quer que te denuncie por bullying? amdo cansada de ser ofendida por vc e seus clones. basta! vou deixar o mesmo recado principalmente no rafael prates."

Postado por brisonmattos no blog Retalhos de Sentimentos. em 29 de maio de 2011 09:47


Bullying é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (do inglês bully, "tiranete" ou "valentão") ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender. Também existem as vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de assédio escolar pela turma.

fonte wikipédia.

sábado, 28 de maio de 2011

És Tu

Tu és como poesia,
Que nasce do vazio.
És como flor do deserto,
Que brota no estio

Tu és como oração divina,
Que nos enche de esperança.
És inocência bem-vinda,
No sorriso de criança.

Tu és a que ampara,
A mão que auxilia.
És olhar que desarma,
Voz que alivia.

Tu és nuvem de chuva,
Que surge no céu.
És tendência maluca,
Que acende o fogaréu.

Tu és olhar de rapina,
Que a tudo devora.
És decência menina,
A quem tudo apavora.

Tu és anseio passageiro,
Que mora no coração.
És um mundo devaneio,
Repleto de emoção.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Vazios

Barco,
sem direção.
Noite,
sem luar.
Comer,
sem ter o pão,
Dormir,
sem poder sonhar.

Flor,
sem perfume a espalhar.
Dor,
Que muito teima em queimar.
Olho,
sem lágrimas para brotar.
Ferrolho,
Sem porta para fechar.

Viver,
Sem a magia eterna.
Nascer,
Onde te levam as pernas.
Escrever,
Em uma página vazia.
Crer,
No descrito na poesia.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Não !

Não!
Não vos darei o gosto de atingir o que tenho de mais puro em mim,
pois atingindo minha dignidade estarás oprimindo meu coração.

Não!
Não vos darei o prazer de me ferir,
pois ferindo minhas palavras estarás ferindo também meus olhos.

Não!
Não vos darei o suave veneno da desforra,
pois deste veneno morrerá vós e não a quem vos respeita.

Não !
Não vos darei o direito de balbuciar palavras indignas,
pois poderás manchar o chão em que caminho e que prezo tanto.

Não !
Não vos darei o meu ser,
pois meu ser, meu respeito, meu carinho, minha dedicação são somente dos que são dignos de esterem na presença um do outro e não se envergonharem do que dizem ou falem.

Não !
Não vos darei nada,
pois não és merecedor de mais infima poeira de agrado ou respeito.

Não !
Nada mais restará para ti, além da ingratidão da incompreensão humana.

terça-feira, 24 de maio de 2011

A quem se intitula Brison Mattos.

Bom dia a quem se intitula Brison Mattos, que escreve o que quer, ofende, esperneia, grita e se acha certa em suas opiniões e posições tomadas.
Minha cara, ou meu caro, nem sei quem é esta criatura, as posições tomadas são individuais, se por acaso você não concorda com as minhas, dane-se (não usarei as mesmas palavras suas), siga o que achares certo e eu sigo o que eu achar também que é certo para mim
Se não gostas do que lê aqui, para que vem ler?
Só para ficar xingando ou se revoltando e desforrando com palavras de calão sobre o que foi escrito?
Se sou vazio, imaturo e não sei viver a vida, acho que isto é um problema meu e de mais ninguém.
As “coisas” que aqui coloco não significam o que vivo ou vivi ou ainda viverei, apenas são palavra brotadas em diversas ocasiões, e muitas das vezes sem motivo algum, simplesmente são palavras que passearam por minha cabeça e eu as coloquei no papel, só isto. Não significam posições tomadas, direções seguidas ou quaisquer outros tipos de informe para guiar meus passos na vida.
Isto aqui é somente diversão.
E quanto ao seu “adeus”, vá em paz e com Deus acompanhando seu caminho, agora se você é realmente gente, como disse no seu comentário, identifique-se, não viva no anonimato, isto sim é coisa de gente vazia, que não sabe viver em sociedade , que só gosta de criticar e não de receber uma possível critica ou discordância do que fala.
Não postarei seu comentário, pois achei muito ofensivas as palavras ali colocadas e poderia ofender a quem, porventura, passe por aqui para ler este local.

Ah, ia me esquecendo, sou do sexo masculino, como acho que você pode ver na foto do blog, mas como você sempre se dirigiu a mim como pessoa do sexo feminino, chamando-me de amigas várias vezes, vou dizer o que mais.

Aos demais peço desculpas, mas não havia outro canal de comunicação para este tipo de comentário.

Defenderei sempre o direito a livre expressão, seja seu ou de qualquer outra pessoa, agora o direito de agredir de forma gratuita este sempre será combatido por mim.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Quando...

Quando um final já é conhecido,
É melhor antes interromper.
Antes que este fim tenha destruído,
O que sobrou entre eu e você.

Quando não se vai para nenhum lado,
Por que não há lado para ir.
É melhor ficar calado,
Do que de uma vez por todas cair.

Quando o silêncio é o que restou,
E é maior que tudo a distancia entre nós.
Prefiro me afastar,
Do que morrer atado nestes nós.

Quando não há vontade de ficar,
É maior a vontade de partir.
Em qualquer outro lugar,
Será melhor do que aqui.

Quando da lembrança,
só resta delgado fio.
Já não há mais esperança,
na face corre um rio.

Quando o vento gelado,
Se acomoda no peito.
Você estará acabado,
O amor já foi desfeito.

Quando algum dia isto chegar,
E achar que já é hora do adeus.
Basta não se desesperar,
E entregar tudo a Deus.

Quando nada mais restar,
E achar que vai morrer.
Basta uma folha em branco pegar,
E começar a escrever.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Audiobooks

Para quem gosta de audiobooks, o blog Tudo de Bom em AudioBooks é sensacional, livros novos e de todos os generos, dê uma passadinha lá, você irá gostar.

O link é: http://tudodebomermo.blogspot.com/

Boa leitura.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Fostes

De que adianta gritar,
Se não estás a ouvir.
Perco a voz de tanto falar,
Deste fim que não quer partir.

Os olhos procuram,
Por toda casa a catar.
Onde esta a sombra tua,
Que insiste em se esgotar.

Partiste no frio da noite,
Calada, pé ante pé.
Saíste a meia-noite,
Aproveitaste a maré.

Nem um bilhete,
Nem uma explicação,
Nem tua voz em falsete
Explicava uma parca razão.

Sumiste neste mundo afora,
Deixando tudo que havia.
Depois que fostes embora,
Tudo que era vida morria.

Agora, um corpo jaz,
Onde outrora festa havia.
Nada mais satisfaz,
Acabou toda fantasia.

A carne e a pele se desfaz,
O tempo disso se encarrega.
A muito deixou de ser sagaz
Acabou toda a entrega.

Deitado em lápide fria,
Em que a cama virou.
Da vida toda desvalia,
Desta vez, para sempre, acabou.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Implacável

Me olho no espelho
E vejo a pele enrugada
O tempo é um ceifeiro
Que age na madrugada.

Ontem não estava assim,
Era pura disposição.
Vivia um folhetim,
Cada hora nova emoção.

Bastou uma noite de sono
Para tudo cair ao chão.
Mas como?
Acabou a ilusão.

Cabisbaixo sigo,
Sem nada a notar.
Encontrei um inimigo,
Que tentará me derrotar.

Nada vejo,
Além do próximo passo.
Torço por um lampejo
Mesmo que seja escasso.

Enquanto alegres segue,
Saltitando pela vida.
Me deixo entregue,
A mais esta ferida.

Mas uma noite se anuncia,
Trazendo toda solidão.
De uma cama vazia
E a falta de calor no colchão.

domingo, 15 de maio de 2011

Para Ti

Faço de ti poesia,
Cantada em prosa ou verso.
De ti só tive alegria,
De mim só tiveste reverso.

Foi no encanto da magia,
Que surgiste em noite clara.
No meio de tanta gritaria,
Nosso momento era de calma.

Tendo a lua como cúmplice,
Dos momentos encantados.
Esquecemos das tolices
E voamos abraçados.

De vôo tão belo
Um novo ser se fez.
Vivemos no paralelo,
Alcançando a altivez.

Do vazio fez-se sustento,
Da calmaria, tempestade.
Da agonia do lamento,
Ficou foi muita saudade.

Do pranto esquecido,
Um sorriso apareceu.
Ficamos mais que amigos,
E um amor renasceu.

O que antes era sossego,
Apesar da confusão.
Hoje em dia é pesadelo,
Que atormenta o coração.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O Que Quero?

Os dias estão vazios,
você se foi,
é por pouco tempo,
eu sei,
mas sua falta é muito sentida.
Não sei o que quero,
mas acho que sei
o que não quero.
Um dia,
Em uma lápide
terá meu nome,
e talvez nesta tempo
já tenha descoberto
o que quero
ou o que não quero.
Não quero dor,
quero fervor
Não quero ilusão,
quero paixão.
Não quero vazio
e muito menos frio.
Quero calor,
quero amor.
Quero amizade
sem cobrança,
Não quero viver só
de esperança.
Quero falar,
E um pouco também guardar.
Quero ouvir,
E muito poder sentir.
Quero chegada,
E não partida.
Quero revoada
E não saída.
Quero assim,
Você prá mim.

domingo, 8 de maio de 2011

Filhos

Uma poesia de Khalil Gibran, que fala dao momento em que haverá a "soltura" das nossas crias para o mundo, eu, particularmente, não solto os meus, os deixo voar para onde querem, mas fico de longe supervisionando, e você?





OS FILHOS

VOSSOS FILHOS NÃO SÃO VOSSOS FILHOS.

SÃO FILHOS E FILHAS DA ÂNSIA DA VIDA POR SI MESMA.

VEM ATRAVÉS DE VÓS,MAS NÃO DE VÓS.

E EMBORA VIVAM CONVOSCO,A VÓS NÃO PERTENCEM.

PODEIS OUTORGAR-LHES VOSSO AMOR,MAS NÃO,VOSSOS PENSAMENTOS;POIS ELES TÊM SEUS PRÓPRIOS PENSAMENTOS.

PODEIS ABRIGAR SEUS CORPOS,MAS NÃO SUAS ALMAS;POIS SUAS ALMAS MORAM NA MANSÃO DO AMANHÃ, QUE VÓS NÃO PODEIS VISITAR NEM MESMO EM SONHO.PODEIS ESFORÇAR-VOS POR SER COMO ELES,MAS NÃO PROCUREIS FAZÊ-LOS COMO VÓS.

PORQUE A VIDA NÃO ANDA PARA TRÁS E NÃO SE DEMORA COM OS DIAS PASSADOS.

VÓS SOIS O ARCO DOS QUAIS VOSSOS FILHOS,QUAIS SETAS VIVAS SÃO ARREMESSADOS.

O ARQUEIRO MIRA O ALVO NA SENDA DO INFINITO E VOS ESTICA COM SUA FORÇA,PARA QUE SUAS FLECHAS SE PROJETEM RÁPIDAS E PARA LONGE.

QUE VOSSO ENCURVAMENTO NA MÃO DO ARQUEIRO SEJA VOSSA ALEGRIA.

POIS,ASSIM COMO ELE AMA A FLECHA QUE VOA,AMA TAMBÉM O ARCO,QUE PERMANECE ESTÁVEL

GIBRAN KAHLIL GIBRAN

DO LIVRO: O PROFETA

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Versos

Versos não servem para calar,
E sim para embalar.
Os sonhos perdidos
Ou os sonhos vividos.

Versos não servem para cegar,
E sim para enxergar,
O que esta além,
Aquilo que nos faz refém.

Versos não são para abafar
O corpo e a alma.
E sim fazer respirar,
Que tudo se acalma.

Verso não servem para meditar
E sim para abater.
Fazer desmoronar
O que não podemos ter.

Versos, são versos.
Conexos, transversos.
São o anexo,
Do que é expresso.

Versos são flores.
Versos são vida.
Os versos das dores,
São os que curam feridas.

Versos são tudo.
Versos são nada.
Versos são o absurdo,
Na vida que é levada.

Versos e nada mais,
São as expressões silenciosas
Do que ficou para trás,
De uma lembrança preciosa.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Anônimo

Sou assim,
Sem rosto, sem nome.
Umas vezes apareço,
Outras vezes se some.

Falo o que quero,
E de resposta não dou chance.
Embolo pensamentos,
Até que ele se desmanche.

Sem nome, sem rosto,
Um fantasma no ar.
Isto posto,
Só vim para incomodar.

Se quiser saber quem sou,
Esta chance você não tem.
Vou continuar sendo o que sou,
Escrevendo o que me convém.

Fique com raiva
Ou até mesmo curioso.
Continuarei a existir,
E a comentar como ardiloso.

Escrevas o que quiser,
Exprima sua opinião.
Seja homem ou seja mulher,
Mas desafogue seu coração.

Guardar raiva não vale a pena,
Só trará insatisfação.
Gosto tem as centenas,
É questão de opinião.

Que Deus seja contigo,
E com tudo que tú trás.
De mim não terás castigo;
este, só a ti apraz.

sábado, 30 de abril de 2011

Prá recordar...

Músicas para recordar neste sábado.





quarta-feira, 27 de abril de 2011

Fuga

Um dia me fugiu o verso,
Fiquei meio que perdido.
A falta do verbo
Me deixa restringido.

Sem palavras para dizer
E sem inspiração a brotar.
Calei-me em meu querer,
Deixei o tempo passar.

O tempo passou
e o verbo não veio.
O olho molhou
e brotou muito anseio.

No deserto que ficou,
Nem um vento sopra mais.
Solidão foi o que restou
De um tempo que se fez atrás.

Na secura sobrevivo,
Como cactus espinhento.
Vou sendo ser cativo,
preso em meu próprio lamento.

E tudo que um dia vai,
Jamais irá voltar.
E sem os cabos de estai
Tudo vai desmoronar.

Afogado em desalentos,
Me deixo nas águas levar.
Não adianta lutar contra este tempo,
É melhor se aquietar.

Quem sabe o tempo muda
E o céu venha a se abrir.
O que for ruim, desgruda.
E só o bom, vai ressurgir.

domingo, 24 de abril de 2011

Voando

Assim fica mais relaxado voar.




Desejando uma Boa Páscoa a todos, que este renascimento ocorra todos os dias em nossos corações.

domingo, 17 de abril de 2011

Encontros e Despedidas

Assim é feita a vida, de encontros e despedidas, não há outra escolha, e assim foi tão bem descrita por Milton Nascimento e Fernando Brant.





Carece de aplacar.
Carece de amordaçar.
Carece de abafar.
Carece de sossegar.

O que for preciso,
"Pra mode” resolver.
O que não foi benzido,
O que não vai envelhecer.

Abre sol,
Fecha lua.
O que antes era farol,
Agora não coaduna.

Segue a vida.
Passa o tempo
Vai acolhida,
Fica desalento.

Não pensa,
Sofre.
A recompensa,
Vem na estrofe.

De encontros,
E partidas.
De reencontros,
As escondidas.

Um aceno de mão
é recebido.
E o coração
fica espremido.

sábado, 16 de abril de 2011

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Sou Pássaro.

Uma bela música em uma bela voz para o meio da semana.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Deixe a vida......

Mais uma ano que se passa,
Com graça e sentimentos.
Poxa, não é para qualquer um,
É só pra quem tem o talento.

Que o Senhor maior,
Com toda sua glória e poder,
Possa dar muitos anos mais
E tão gentil ser.

Falhos, todos somos.
Briguentos, um pouco também.
Mas nada que em cinco minutos
Toda raiva seja mandada para o além.

Dedicação.....
talvez seja como defina melhor.
O coração...
É o que tem de maior.

E então vai-se levando.
Batendo e apanhando,
Sorrindo e chorando,
Sendo amada e amando.

Mais um dia,
Mais um ano,
De passo em passo
Encarando o cotidiano.

Grito, esperneio,
Xingo, desnorteio.
Disso tudo, bem no meio,,
Uma dose enorme de anseio.

“Deixe a vida me levar”,
Saio pela rua cantando.
Nada mais posso mudar,
Então vou a vida levando.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Simples Desejo.

Para mim esta música fala de tudo, de tudo que é simples e o que é necessário para viver.
E que hoje o dia termine bem, muito bem.


quarta-feira, 6 de abril de 2011

Dente de Leão.

Queria ser um dente de leão,
Levado pelo vento.
Deixar acalmar o coração,
Deixar de lado o desalento.

Queria ser um dente de leão,
Carregado pela brisa.
Pousar em qualquer chão,
tentar uma nova vida.

Queria ser um dente de leão,
voando solto pelo céu.
Andando na contra-mão,
me deixando ao léu.

Queria ser um dente de leão,
Leve, solto pelo ar.
Sem nunca cair no chão,
Somente poder voar.

Queria ser um dente de leão
Soprado pela brisa da primavera.
Voando como balão,
Oriundo da flor amarela.

Queria ser um dente de leão......

domingo, 3 de abril de 2011

Domingo

Chuvoso para uns...
Sol intenso para outros.

Tristes para alguns...
Terrivelmente alegre para poucos.

Acompanhado como nenhum...
Solitário, para moucos.

Como comida para jejum,
Como gritos...para roucos.

Um dia incomum.
Um dia bem maroto.

Poderia ser qualquer um,
Mas é um dia meio morto.

Mais um domingo comum.
Mais um domingo, para loucos.


"O Último Tango em Paris" para alegrar este domingão.
Abra seu vinho, feche os olhos e viaje com esta bela versão.
Eu.....já estou viajando.




O Gotan Project é um grupo musical formado em Paris, constituído pelos músicos: Philippe Cohen Solal (francês), Eduardo Makaroff (argentino) e Christoph H. Müller (suíço).

O grupo juntou-se em 1999. O primeiro single a ser lançado foi Vuelvo Al Sur/El Capitalismo Foraneo em 2000, seguido do álbum La Revancha del Tango em 2001. A sua música insere-se no estilo do Tango, mas com elementos eletrônicos que dão ao seu estilo uma nova forma de fazer tango: o tango eletrônico.

O nome deste trio vem da inversão das sílabas da palavra tango, seguindo o costume do lunfardo, a gíria argentina, de pronunciar as palavras "al revés", ou seja, de trás para a frente.

No Brasil, o sucesso veio mesmo com o single Epoca, tema de Bárbara, na novela Da Cor do Pecado, que foi exibida em 2004 pela Rede Globo.

sábado, 2 de abril de 2011

Fusão

Uma elegante e sensual fusão do novo tango e a pop music.
Filmado em Honolulu - Hawaii.
Musica Apologize (Timberland)
Dançarinos Bruce e Yoko Wee.

domingo, 27 de março de 2011

domingo, 20 de março de 2011

A Vida

A vida é engraçada,
E cheia de absurdos.
Ora não temos nada,
ora não temos tudo.

Ora gera saudade,
Ora vem desespero.
Ora vem fantasia,
Ora vem aconchego.

Ora vem um perfume,
Simples como o da dama da noite.
Ora vem amargura,
Como mel em um açoite.

Ora molha o rosto,
Ora a boca se abre.
Seja num sorriso malicioso
Ou então em um desabe.

Ora sonho acordado,
Ora tenho pesadelos.
Ora um novo mundo se abre
Ora desabo no desfiladeiro.

É melhor ficar calado,
E de nada mais reclamar.
Deixar que o mundo se acabe
E só sorrir e cantar.

domingo, 13 de março de 2011

Extinção

Ao existir a saudade,
Existiu um tipo de amor.
Pode ser um de puberdade,
Ou então um que te abalou.

As lembranças vão e vem,
Te levando a outros caminhos.
Uma lágrima as vezes contem
A saudade de um carinho.

O tempo passa,
A idade avança.
No peito arregaça
A caixa de dissonância.

Bate descompassado,
Um coração já cansado.
Vencido pelo tempo passado,
Bate lento, desordenado.

Procura um abrigo.
Procura um canto.
Onde possa ser protegido,
Do prazer do desencanto.

Quieto,
morre calado.
Cada vez mais perto,
De não ser mais lembrado.

Amordaçado pela razão,
Amputado pela coerência.
Desfaz lento um coração,
Implorando indulgência.

Mas prá ele não há perdão,
Para ele não há sentimento.
Arcará com exatidão
Por conter um sentimento.

Sofrer...
Sangrar...
Morrer....
Descansar...


"Todo tempo derramado
não foi um tempo em vão.
Todo tempo dedicado,
o foi por uma razão."

sexta-feira, 11 de março de 2011

Ruínas

Uma parte morreu.
Não sei como foi isso.
Parece que se esqueceu,
O caminho do paraíso.

Como foi acontecer
Tamanha incongruência.
Vou enlouquecer!
Morar talvez, na decadência.

Não suporto mais
Viver na inocência.
Lembrar que tempos atrás
Tudo era só essência.

A vida perde sentido.
É viver no escondido.
A falta de compromisso,
Com o que era proibido.

Agüentar,
e nada mais poder fazer.
Suportar,
E tentar entender.

Tudo tem seu tempo.
Tudo tem sua hora.
Todo contentamento
um dia vai embora.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Tecendo

Lembranças que caem ,
retalhos de uma dor.
Memórias que não saem,
Resquícios de um amor.

A chuva bate no rosto,
retirando toda pintura.
O fel me tira da boca,
O gosto da boca tua.

A verdade bate no peito,
De uma forma nua e crua.
E o sonho que era deleite,
Não resistiu a rasgadura.

Rompe pranto.
Rompe harmonia.
O que era desespero,
Virou fantasia

A armadura é rompida,
Sem importar a quem fere.
Passou-se de uma mentira,
A uma outra que segue.

Por caminhos tortos,
Ando, ando, sem parar.
Já nem mais me importo,
O que terei de suportar.

Cada emoção sentida,
É mais uma a guardar.
O que fazer desta vida?
Que já quer se expirar.

Juntar frangalhos,
Uma colcha tecer.
Emendar retalhos,
Para me aquecer.

terça-feira, 1 de março de 2011

Meu Coração

Meu coração
não agüenta as minhas dores,
por isto escrevo as minhas dores.
Dores de amores,
dores de dissabores.
Por isso exponho meus sabores,
Sejam ácidos ou doces,
cálidos ou fel.
Meu coração é pequeno,
nele não cabe o que sinto.
Por isto minto, escondo,
travisto sentimentos
Em palavras tristes,
Em palavras sofridas.
Meu coração é remendado
Mexido, torcido e retorcido,
Vasculhado por mãos
que tentam fazer
com que ele respire
de melhor forma,
mas ele é teimoso,
jocoso,
brinca até com o que não se deve brincar.
Meu coração é pequeno,
Ameno.
Ora fala,
Ora cala.
Ora ama,
Ora derrama,
Meu coração não agüenta
Tanta diversidade,
Morre de pensar na saudade
Que um dia há de vir,
Quando chegar a hora de partir.
Meu coração é pequeno,
No tamanho e na forma,
Mas cabe tanta gente dentro dele
que ele até se deforma.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Destino

Apesar de tudo,
Aconteceu.
Mesmo em plena guerra,
Amanheceu.

O corpo doía,
Renasceu.
Na noite fria,
Adormeceu.

Acordou prá vida,
Adoeceu.
Buscou por clemência,
Conheceu o breu.

Já era tarde,
esqueceu.
O corpo sentia,
o que aconteceu.

Nada agora faz sentido,
Se perdeu.
Pensou no que tinha,
Era apogeu.

Olhou o mundo a volta,
Não reconheceu.
Pessoas estranhas,
Cercavam o mundo seu.

Todas mascaradas,
Não eram como eu,
Mas todas sorriam no falso,
Acho que o falso sou eu.

Negou o que via,
Ensandeceu.
Foi morar em hospício,
Enlouqueceu.

Vive só na solidão,
Sofreu.
O destino já estava traçado
E era só meu.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Estranhos

Cruzamos nossos caminhos,
e eu te saudei.
Você, como passarinho,
Bateu asas, eu chorei.

Fui colher uma rosa,
E me machuquei em seu espinho.
Você toda amorosa,
Veio fazer-me um carinho.

A noite já ia alta,
Quando adormeci de mansinho.
Você, muito peralta,
Se foi, me deixando sozinho.

O dia já raiava,
Quando despertei do momento.
Você já se chegava,
Procurando um pouco de alento.

Bebemos do mesmo vinho.
Comemos da mesma carne.
Cada qual no seu caminho.
Cada qual com sua parte.

Assim, juntos e separados,
Tentamos nos levar.
Tem horas de muitos agrados
E outras de muito brigar.

Como dois estranhos,
Podem assim viver?
É muito lanho,
Na pele de qualquer ser.

Mas somos teimosos,
Queremos nos lanhar.
È o mal dos esperançosos,
Sonhar só por sonhar.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Fumaça

Como fumaça me vou,
Espalhando pelo ar.
Dissipando aos poucos sou
Lembrança de se apagar.

Onde fogo havia,
Agora só há cinzas.
Na brasa que ora ardia,
Agora a chama é finda.

Aqueceu,
o que era para aquecer.
Aos poucos esmoreceu,
Para sempre desaparecer.

O fogo que queimava.
A fumaça que sufoca.
Sem saber quem mais incomodava,
Isolei-me em uma loca.

As cinzas o vento leva.
A fumaça se espalha no ar.
No peito se carrega,
O peso de se suportar.

Sumindo, vou aos pouquinhos.
Sem mais sufoco,
Sem mais caminho.
Somente a vontade de ficar sozinho.

O fogo que sinalizava,
pelas águas foi extinto.
Que do olho tanto jorrava,
Deixando espalhado o tinto.

Nuvem, quase virei,
De tanto assim subir.
Com os ventos se juntei
E neles me despedi.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Misteriosa

Seus lábios
são como lagos,
que mergulho profundo
e me deixo afundar,
Me entrego aos mistérios
que eu hei de encontrar.
Sua pele,
alva e macia,
Como seda mais pura
É frágil como brisa,
E eu, criatura soturna.
Seus cabelos são como campos,
Dourados de trigal,
Balançam ao leve vento
O admira nunca faz mal.
Seus olhos......
Misteriosos e profundos,
Encantam e intrigam
A quem nele consegue ver,
Um pouco do que há no mundo
Deste encantado ser.
Seus braços,
Como planta trepadeira
A tudo cobrem no abraço,
Envolvente como teia.
Tudo em ti é mistério.
Tudo em ti é descobrimento.
Tudo em ti é despautério.
Tudo em ti é sentimento.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

É Só Olhar.

Não é preciso escutar,
Para se ouvir alguém falar.
Não é preciso proximidade,
Para se ver quem se quer bem.
Não é preciso falar,
Para se tocar um coração.
Basta um olhar.
Um olhar simples, puro.
Um olhar sem maldades,
Sem nenhum tipo de malícia
Ou interesse.
Um olhar infantil.
Um olhar de compartilhamento.
Basta só um olhar
Para se conseguir
Atingir um coração alheio.
As palavras podem ferir.
As palavras, normalmente, são desperdiçadas,
Muitas das vezes são gritadas
Para se fazer ouvir,
E nem sempre se consegue.
Aprende-se a falar aos dois anos,
Mas manter o silêncio é muito difícil.
Um olhar não...
Um olhar é tudo,
Um olhar conforta.
Só um olhar
Tem este poder.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Trancado

Tranco no peito,
Todos as solidões e medos.
Os momentos em que me deleito,
Hoje em dia conto nos dedos.

Tranco nos olhos a esperança,
Que é onde sempre renasce.
Guardo no peito a confiança,
Para que esta nunca murchasse.

Me tranco em mim,
Como se fosse eremita.
Guardo de mim,
Uma aflição infinita.

Tão pouco tenho escrito,
Parece que o coração me seca.
Estou parecendo proscrito,
Em terra de gente cega.

Inseguranças demais as tenho,
E tento a todo custo esconder.
Tem horas que tudo redesenho,
Que é prá ninguém perceber.

E me enganando,
E enganando aos demais,
Vou andando,
Sabendo o que deixei prá trás.

Não adianta me esconder,
Pois sei que tudo virá.
Vou fingindo que nada ver,
E ver onde isto vai dar.

Pode-se nunca entender,
E também nunca acreditar,
Mas nada mais tenho a perder,
E somente a vida aproveitar.

Solidão, angustia,
E muita ilusão.
Esperança que se ajusta
Neste velho coração

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Uns e Outros

Uns me chamam de bruxo,
outros me chamam de poeta.
Uns me acham um absurdo,
outros um grande pateta.

Uns de mim tem raiva,
outros por mim tem louvor.
Uns por mim tem carinho,
outros de mim tem pavor.

Uns de mim sentem pena,
Outros adoram me ver rachar.
Uns prá mim são poemas,
Outros a mim só fazem encantar.

Uns de mim falam mal,
Outros nada estão a falar.
Uns são frutas maduras no quintal,
Outros vento forte a destroçar.

Uns e outros, não tem importância,
Outros e uns, são pura bonança.
Uns e outros são agonia,
Outros e uns são esperança.

Outros...uns.... tudo passa,
Mesmo aquele que nada semeia.
Nem tudo na vida é de graça,
Tem de ter muita peleia.

Prá uns e outros dou adeus,
Prá outros e uns um até logo.
Vou nos caminhos que são meus,
E ver se não me afogo.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Lampejos

A vida é feita de lampejos.
Pequenos fragmentos de energia estourando no cérebro, apagando e reacendendo de novo.
São lampejos de saudades, lampejos de lembranças, lampejos de esperanças, lampejos de dor, lampejos de vida.
Para uns estes lampejos são mais intensos.
Para alguns estes lampejos ocorrem de maneira tão intensa e rápida que parece que não apagam nunca, parece que juntam uns nos outros e permanecem acessos direto, são como lâmpadas incandescente, mudando constante e rapidamente o estado emocional de quem assim os sente.
Para estas pessoas estas emoções mudam de maneira muito rápidas, estas pessoas são pessoas agitadas, frenéticas, intensas e vivem seus lampejos emocionais também da mesma forma, rapidamente mudam suas sensibilidades.
A vida é curta demais para ficar se prendendo a pequenos lampejos emocionais, eles vem e vão, só isto.
Já para outros estes lampejos vem lentos, apagam e acendem de uma maneira bem mais lenta, mas com não menos intensidade, são como vagalumes.
Para estas pessoas estas sensações duram mais, custam um pouco a apagar enquanto a próxima não vem.
Estas pessoas lentas “curtem” mais seus lampejos, sejam de dor, de emoção, de saudades, de lembranças. E entre um lampejo e outro a sensação obtida parece durar mais, doer mais, emocionar mais, até que o próximo lampejo emocional se manifeste.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Não me culpes

Não me culpes por amar a vida,
Que logo irá apagar
Esta chama breve e tão querida,
Irá só uma lembrança deixar.

Não me culpes por falhar as vezes,
Por falar o que não devia.
Por brigar com as paredes,
por sentir o que não sentias.

Não me culpes pela lástima sentida,
Pela censura sofrida.
Pela lágrima caída,
Pela morte não morrida.

Não me culpes pelo silêncio obtido
Também assim não gostaria,
Mas quando perco o sentido
Me sinto pulga em pradaria.

Não me culpes!
Não tenho com o que culpar.
Só me desculpes
Por não poder te encontrar.

Não me culpes por sumir assim,
Falta coragem prá dizer.
Que tudo na vida tem um fim
Até a hora de viver.
(ou de sofrer)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Ao Mar

Escrevo ao mar,
Este amigo tão intenso.
Nele tantas vezes fui desabafar,
Contar um pouco meu lamento.

Obrigado por me ouvir,
E tanto minhas lágrimas lavar.
Obrigado por me permitir,
Um tanto assim em ti mergulhar.

Oras te encontrei bravio,
Murmurando sem parar.
Batias no que não via,
Espumavas sem cessar.

Sentado perto de ti,
Esperava tranquilamente.
No momento em quem me vias
Tornavas serenamente.

Amigo querido mar,
Tão gigante e profundo.
Obrigado por participar
Da vida deste ser miúdo.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Quem sou eu?

Eu sou nada.
Sou grão de poeira,
Perdido,no meio da estrada.

Sou gota no oceano.
Sou trapo,
Pedaço cortado de pano.

Sou um cisco no mundo.
Sou pária,
Sou vagabundo.

Sou pólen
que ninguém vê.
Sou dor, que dói de doer.

Sou raio de sol
Que uma nuvem rasga.
Sou grão que na garganta engasga.

Sou sujeira
que na unha encrava.
Sou ponta de uma estaca.

Sou nódoa,
Que gruda.
Sou água, que tudo inunda

Sou a pior e a melhor coisa.
Sou ser que nunca existiu.
Sou imagem que nunca partiu.

Sou marca,
Sou chão.
Sou carinho guardado no coração.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Mundo branco

Sem história,
Começa a viagem.
Sem memória,
Na terra sem paisagem

Brancos parcos passantes,
seguem com olhar despido.
Agora e adiante,
Tudo se faz sem alarido.

Na inconseqüência da passagem
Por caminhos já trilhados.
Nem adianta mirar a paisagem,
Ela já é parte do passado.

Nunca existirá cor
Neste mundo desbotado.
Só o dissabor
De nele já ter habitado.

Mudos sons percorrem o ar
Levantando as folhas mortas.
Batendo onde mais dói
Deixando a alma torta.

Ser invisível,
É o que sou.
Ser insensível
Ao que passou.

Eremita na solidão.
Selenita sem amor.
Erudita na sofreguidão
Maldita sem calor.

Neste branco mundo isolado,
Como se fosse de gelo.
Segue o homem calado,
Buscando mais um apelo.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O Homem Só

Em fatiota aprumado,
Vai o velho homem passear.
Andando em passo acertado,
Lembrando de um tempo que não há.

Busca relíquias e lembranças,
Dos tempos da doce vida.
No dedo uma aliança,
Resquício de uma acolhida.

Em pequenos passos vai
Andando solitário.
Passeando um pouco mais
Nos caminhos centenário.

O que pensará o homem só?
Nestas andanças vespertinas.
Me prendo em muitos nós
Em achar a adivinha.

Uma coisa posso afirmar,
E desta não há suposto.
Ninguém a lhe amparar
Somente seu sorriso no rosto.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Na estrada.

Acho que estou voltando...


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011