domingo, 30 de junho de 2013

Tocando o céu





O céu eu já toquei,
Em um único voar.
Foi quando te encontrei,
E descobri o que é amar.

Eram tantos delírios,
Que neles me embriaguei.
Minha vida ficou por um fio,
Quando a ti me entreguei.

Por um momento que fosse,
Não conseguia compreender.
Como uma pessoa tão doce,
Conseguiu me envolver.

Em teus olhos vi promessa,
Promessa de muito amor.
Um amor que já começa,
Despejando seu furor.

Me encontrei no tempo,
Como nunca havia sido.
Fui feliz por um momento,
E depois adormecido.

As promessas que me destes,
Sem nunca as ter dito.
São as mesmas que me despes,
Como se pune um delito.

Largado a própria sorte,
Sem encontrar caminho.
É um sentido de morte,
De viver eterno sozinho.

O céu eu já toquei,
E nunca vou esquecer.
A quem um dia encontrei,
E que amei pra valer.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Abraço






Li, em algum lugar,
Que um abraço é felicidade.
Não há como descordar,
Abraço é fraternidade.

Abraço é uma porta,
Que se abre para alguém.
Abraço é uma forma,
De dizer te amo também.

Abraço é aconchego,
Abraço é amparo.
Abraço é onde eu chego,
Abraço é  onde me paro.

Abraço é contato,
Físico e mental.
Abraço é muito caro,
Para se dar como banal.

Abraço é envolver,
Nos braços alguém querida.
Abraço é esquecer,
Os maus tratos desta vida.

Abraço é um mundo,
Que se abre a sua frente.
Abraço é no fundo,
O coração dizendo... entre.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Medo






Ando meio cansado,
Tentado viver do bem.
A quem me olha de lado,
Dedico o meu desdém.

É uma preocupação besta,
Pensar na própria morte.
Ela virá com certeza,
Bem tarde, com muita sorte.

Enquanto estiver vivendo,
Mesmo aos solavancos.
Deixo de estar morrendo,
Para alguns derramarem prantos.

É tolice pensar na morte,
O melhor é não pensar.
Deixa o corpo mais forte,
Para os problemas enfrentar.

Mesmo que não se queira,
Vem as vezes o pensamento.
Quando no abismo se vive na beira,
Vive-se  dele como refém.

Mas como veio, vai,
De maneira passageira.
O coração até retrai,
Dá até tremedeira.

Mas a vida é muito bela,
Para se preocupar,
Dedico meu poema a ela,
Que ainda vou beijar.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Um Cigano





Viajo como cigano,
E não me acho.
Envolto em tantos panos,
Como se fossem cachos.

Nos dedos, sonhos levo,
Dedilhando meu violão.
Cantando para quem espero,
Mesmo sem uma razão.

Percorro os quatro cantos,
E em cada um, um pedaço.
Dedico um novo canto,
Como forma de abraço.

Em minha carruagem colorida,
Ando sem ter onde chegar.
Levo, como me leva a vida,
Deixando o tempo passar.

Solitário percorro mundo.
Uma história, um lugar;
Não passo de um vagabundo.
Com histórias para contar;

Nas histórias eu revivo.
O que houve de prazer;
Me sinto assim mais vivo.
Mesmo perto de morrer;

Como cigano vou errante.
Andando por andar;
Procurando minha amante.
Que ainda vou achar;

sábado, 22 de junho de 2013

Esperando





Te espero para sempre,
como o sol, eternamente.
Olhando sempre para frente,
De onde viras sorridente.

Para os braços meus,
A ti, esperam abertos.
Envolvendo o corpo teu,
E te trazendo para perto.

Jurando nossos amores,
Com lágrimas rolando.
Trocando nossos calores,
dentro dos olhos olhando.

Por que perder tanto tempo,
Nesta vastidão de dor.
Já é o momento,
De acabar o pavor.

O que foi, esqueçamos,
ao que era voltaremos.
Afinal nos amamos,
e muito nos queremos.

Se esta for  a vontade,
estarei aqui esperando.
Se não for grande a saudade,
a vida vou seguir levando.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Eterno Enamorado





O que de mim sobrou,
Remendado, costurado.
Ainda será o que sou,
Um eterno enamorado.

O que sobrou de mim,
Enxertado, transplantado,
Não é tão diferente assim,
Daquele ser encantado.

O que sobra ainda,
Com linhas e grampos.
Deseja você infinda,
Razão de todo meu pranto.

O que ainda resta,
Vivendo na esperança.
Enxerga por uma fresta,
Seu sorriso de criança.

O que tenho de pouco,
É todo, todinho seu.
Viver este sonho louco,
É o desejo meu.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Voltarei





Um dia vou voltar,
São ou louco não importa.
Onde quer que possa chegar,
Vou levando uma vida torta.

Não compreendo a liberdade,
Me acho eterno, então morro.
Na total privacidade,
Atrás de um sonho corro.

Um dia finarei,
Mas meus sonhos não.
Estes não levarei,
Deixarei na tua mão.

Para que possa vive-los,
Como um dia eu vivi.
Não serão mais pesadelos,
Serão leves, como colibri.

Aos teus pés pousarão,
Como em uma obediência.
Levarão meu coração,
Tão repleto de carência.

Ao teu lado será,
Uma fonte de alegria.
Que eterna durará,
Acolhida em tua magia.

domingo, 16 de junho de 2013

Momentos





Cercado no quarto branco,
Ouço o vento passar.
Rodopia pelo canto,
Refrescando o lugar.

Afastando a solidão,
Ele a leva a força.
Alivia o coração,
Que já estava indo a forca.

Vento raivoso,
Que passa por aqui.
Renova este moço,
Que pensou em desistir.

Na tristeza que lhe vem,
Olha a moça na janela.
Ela está muito além,
Vivendo a vida dela.

Se  o vento me levasse,
Para depois das montanhas.
Acabaria o impasse,
Morreria esta sanha.

Na alta noite escura,
a minha mão estendo.
Buscando a mão tua,
Procurando um alento.

Nas frias paredes brancas,
Nada mais ao meu redor.
Só tua figura encanta,
Este momento pior.

sábado, 15 de junho de 2013

Desconjuro !



Vivo o que é meu,
E ninguém tem nada com isto.
Se o que vivo lhe doeu,
Viva então seu paraíso.

Pare de reclamar,
Das reclamações alheias.
Se não só faz bufar,
Em tempestade de areia.

Já me enche a paciência,
Ouvir o que não quero.
Vá viver sua demência,
Que na minha me desespero.

Agora me faça um favor,
E siga o seu caminho.
Deixe o meu onde for,
Que eu me viro sozinho.

Se não gosta do que vê,
feche bem os olhos seus.
Agora vai se ..............
que me "ferro" com os meus.


Desculpem, mas tem hora que é a calma vai embora.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Não me vou







Não me vou pelo mundo,
Como alma penada.
Ando, sofro, vagabundo,
Com a alma rasgada.

Não me vou pela vida,
Como corpo despachado.
Corro, escorro, ferida,
Com o corpo arrebentado.

Não me vou pela estrada,
Como ser  abandonado.
Me engano de madrugada,
Como um ser encantado.

Não me vou para nada,
Como se nada fosse.
Reclamo da bofetada,
E não da palavra doce.

Não me vou de mim,
Pois assim não pode ser.
Vou por onde vim,
Buscando um renascer.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

A Minha Amada






A minha mulher amada,
É difícil de descrever.
É uma coisa sonhada,
Difícil de se ter.

Na pele tem a lua,
Nos lábios tem o sol.
Uma beleza só sua,
Ilumina que nem farol.

Tem a doçura no beijo,
O acalanto nos braços.
Reúne tantos desejos,
Uma pintura de mil traços.

Cabelos  que voam na brisa,
Pernas que são um sonho.
Nosso encontro é uma briga,
Que eu perco, suponho.

Ela é alegria,
Ela é prazer.
Ela é a fantasia,
Que todos gostariam de ter.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Marcados





Podemos fugir,
Ir a qualquer lugar.
Não tem onde ir,
Vamos nos encontrar.

Pode ser na China,
ou então Bagdá.
Pode ser na França,
ou até no Canadá.

Pode ser na Itália,
ou então na Disney.
Pode ser na  Malásia,
ou então em Sidney.

Não importa o lugar,
não importa o tempo.
Ao meu lado vais estar,
sempre em meu pensamento.

Assim como em mim,
nunca dele fugirá.
Seremos até o fim,
um eterno sonho a sonhar.

sábado, 8 de junho de 2013

Enfim




Relembro tanto,
em todos os momentos.
Nossos passos perdidos,
afastados pelo tempo.

Tentando não conhecer,
a imoral razão.
Encontro você perdida,
numa forma de canção.

Tatuada em meu peito,
em que não podes sair.
Amarrada com meu jeito,
motivada sem sentir.

Ofereço o meu leito,
sonhadora está por vir.
Coração saltita no peito,
quase querendo fugir.

E assim conta a história,
mais ou menos como era.
Dois amores na memória
em um mundo de espera.

Procurados pela vida,
no amor relembrados.
Vivendo um amor de ida,
que nunca foi apagado.

 Enfim......


quinta-feira, 6 de junho de 2013

Um Mundo






Diante da folha vazia,
Um mundo se faz surgir.
Cheio de sonhos e fantasias,
De onde se quer fugir.

Um paraíso de mágoas,
Repleto de escuridão.
Só se quer afogá-las,
Mesmo sem uma razão.

Um mundo de silêncio,
Cheio de gente perdida.
Um mundo que não entendo,
Um mundo quase sem vida.

Diante da branca folha,
É o que se deve fazer.
Fazer um mundo de escolhas,
Um mundo para se viver.

Mesmo que seja efêmero,
Repleto de nostalgia.
É neste mundo pequeno,
Que vivo quase todo dia.

Cada vez mais me refugio,
Neste mundo de ilusão.
Vivo nele o desvario,
Para suportar a solidão.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Noite de Loucura





A noite me beija,
Com sua fria boca.
É o que se deseja,
Nesta aventura louca.

O ventre arfa nervoso,
Imaginando o que não seria.
Mas seria muito pouco,
Comparado ao que poderia.

Deixo soltos meus lábios,
Que estão a procura dos seus.
Conhecido só pelos sábios,
Este caminho não são os meus.

A noite meu sonho trás,
Recheado de loucuras.
Nem  menos, nem mais,
Na medida da sua ternura.

Minha nudez disfarçada,
Embola na tua nudez.
Agora não há mais nada,
Só muita insensatez.

E de loucuras eu vivo,
Apenas  nestes momentos.
Também eu nem ligo,
Afasta os meus tormentos.

domingo, 2 de junho de 2013

Murmúrios





Quase murmurando,
minha boca te suplica.
Canto um canto chamando,
a quem está de saída.

Na hora da solidão,
partiste pela porta afora.
No meio da escuridão,
o teu ser foi embora.

Só o silencio sobrou,
tua voz enfim cessara.
O vazio então ecoou,
minha vida se acabara.

Canto o canto magoado,
suportando tua ida.
O coração machucado,
na boca a despedida.

Nos olhos o triste adeus,
sem ao mesmo me olhar.
Recolho pedaços meus,
e na cova vou deitar.

sábado, 1 de junho de 2013

Viajando no tempo.

Estava com umas músicas tocando e esta me levou a alguns anos atrás.
Fechei os olhos e viajei.