segunda-feira, 30 de agosto de 2010

domingo, 29 de agosto de 2010

Flash Mob, Divirtam-se.

Domingo para mim é um dia muito chato, então ...música maestro:
















Flash Mob é a abreviação de “flash mobilization”, que significa mobilização rápida, relâmpago. Trata-se de uma aglomeração instantânea de pessoas em um local público para realizar uma ação previamente organizada. Para efeitos de impacto, a dispersão geralmente é feita com a mesma instantaneidade.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Vida Bela

Preciso escrever,
Ocupar toda a mente.
Tentar tudo esquecer
E olhar só para frente.

A vida é por demais bela
Nós é que a estragamos.
Criamos uma fotonovela
Naquilo que sempre sonhamos.

Deixemos a vida como está,
Nada mais a surpreender.
Nada poderemos mudar,
Nada poderemos fazer.

Sorria, cante,
E se mostre sempre feliz.
Seja muito esfuziante
Para este eterno aprendiz.

Agradeçamos todos os dias,
Seja lá prá quem for,
Por ter a primazia
De viver um pouco de amor.

Olhe o sol.
Admire a lua.
Não mergulhe em formol,
Seja leve, como pluma.

A vida é por demais bela,
Já disse, e repito.
Vamos pintá-la como aquarela,
Não vamos vivê-la no pito.


quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Delírios

Busco uma paz,
uma paz que não conheço.
Deixar uma vida prá trás,
Esquecer todo o tropeço.

Nada ter de separar,
na hora de se partir.
Somente um pouco de chorar.
somente um pouco de sorrir.

Me alimentar com que a vida der,
seja noite ou seja dia.
Encontrar uma mulher,
que seja boa companhia.

Esquecer a invernada,
e olhar mais aos perigos.
Não levar quase nada,
mas dormir sobre abrigo.

Olhar só para frente.
Andar com a cabeça altiva,
Cravar o pé no chão,
Esquecer da comitiva.

Levar os amigos no peito
E a família no coração.
Consertar o que tiver jeito,
o resto, deixar na ilusão.

Delirar com pensamentos,
Sonhar com fantasias.
Viver sem lamentos,
Morar nas poesias.

Escrever o que der vontade
Sem para nada mais ligar.
Lembrar de uma saudade.
E se der vontade...chorar.


quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Meu cantinho

Aqui, neste cantinho arrumado,
Tento relaxar.
Esquecer os problemas que possuo
e os que ainda irão chegar.

Na rede, indo e vindo,
me deixo balançar.
Ao som da água fluindo
E da música que está a tocar.

Fecho meus olhos e penso
Na vida que ai está.
Nos meus amores serenos
E nos filhos a me guiar.

Se neste canto querido,
você quiser descansar,
seja muito bem vindo,
e venha aqui se deitar.

Não me traga problemas,
Deixe-os todo por lá.
Permita que na paz serena,
Recupere o seu caminhar.

Agora já recuperado e fortalecido,
Deixe outro se chegar.
Você sempre será querido,
Neste meu canto de relaxar.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Buscando Luz

Nem todo triste lamento
Abafará o fim do encanto.
Um corpo deseja fomento
e se curva ao desengano.

O pássaro anuncia o fim,
De um tempo que já se vai.
Estou a virar querubim,
a ser parte de ancestrais.

O dourado trigal no campo
Agora foi todo ceifado.
Tudo vai ao encontro
Daquilo que foi o passado.

Canta pássaro!
Anuncia um novo nascer.
Faz brilhar em meus olhos
Este novo amanhecer.

Agora sou luz,
Sou raio de luar.
Nada mais me conduz
A não ser o meu amar.

Em quem tem a força maior
Me escoro e peço que ajude.
Ele me conhece de cor
E não me deixará amiúde.

Crescido no espírito
E guiado pela mão paterna,
Sempre serei benquisto,
Deixarei a vida deserta.

Espero ser luz.
Espero ter paz.
Ser mais cruz
e menos mordaz.



segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A Batalha.

Não quero te ver sofrer.
Não quero te ver chorar.
Busque outro amanhecer,
O meu já está por terminar.

Olhe para o outro lado,
E veja quem vem por lá.
Esqueça a minha imagem
Que esta, só te fez chorar.

Tente seguir a vida,
Sem muita mágoa no peito.
Sei que ficou ferida,
Mas vai curar com jeito.

Desculpe o sonho vendido,
Mas dele vivi também.
Também estou perdido,
Mas devemos seguir além.

Cada qual com sua dor,
Buscando um entender.
Como pode tanto amor
No tempo se perder.

O tempo é cruel
E mexe com nosso corpo.
Fica o gosto do fel
Na mudança do escopo.

Tem coisa que não dá para lutar,
Só nos resta tentar entender.
Só Deus para nos auxiliar,
E não deixar de vez se perder.

O corpo já cansado
De tanta batalha na vida.
Agora é só um retalho.
Agora é alma perdida.

Agora só me resta aceitar
O destino a mim dado.
Tentar a vida levar
No caminho que foi traçado.

Sorrir, sofrer,
E fingir que a vida é longa.
Tentar de tudo esquecer
E torcer por mais delonga.

Deixemos tudo como está,
Assim meio que adormecido.
E quando menos se esperar
Serei vaga lembrança, quase terei sumido.

domingo, 22 de agosto de 2010

Magia

Muita luz,
muita energia.
Muito amor no peito
Muita falta de companhia.

Muito choro,
Muito lamento.
Muito consolo,
Muito tormento.

O tempo passa devagar,
Para fazer a alma mais sofrer.
Só distancia a aumentar,
Assim como a vontade de te ver.

Ando sem rumo na rua,
Pela manhã todos os dias.
Cansando o corpo e a alma nua,
Sem você, sem alegrias.

Quisera poder um dia,
Com amor e muita magia,
botava você colo
e pelo mundo corria.

Fugia,
Me escondia,
E neste novo mundo de fantasia,
..... Viveria.


sábado, 21 de agosto de 2010

Partida

Estou me desprendendo de valores,
Estou me desprendendo dos temores.
Nada levarei comigo, nesta minha jornada afinal.
Só levarei o que sinto, me faça bem ou me faça mal.

Tesouros tenho no peito
Guardados com muito orgulho.
Nos olhos levo saudades,
Na boca levo murmúrio.

Na pele tenho teu cheiro.
Nas mãos, a mão tua.
Os braços alvissareiros
A alma despida, nua.

Parto sem medo,
Na estrada a trilhar.
Pode até haver um azedo,
Nesta busca da luz a brilhar.

Se me veres ao longe
Partindo sem despedidas.
Olhe para outro horizonte
Olhe para outras vidas.

A vida é sempre assim,
E nada a vai mudar.
Um dia cor de carmim,
Outro dia pedra de lagar.

Não será um aceno de mão,
E muito menos um dizer deixado no ar.
É preciso muito senão,
Para poder nos separar.

Aqui, ou em outro lugar,
Não sei bem onde ele será,
Teremos a hora de novo,
E então poderemos sonhar.


sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Buscando Orientação

A poesia simples,
Devaneios deste jovem senhor.
Já não tem mais requinte,
Já não tem mais ardor.

O tempo com suas marcas,
E a vida com seus pesares,
Afogaram em mágoas
Todos os seus sonhares.

O devaneio espairecia
A mente tão conturbada.
Da falta que tu fazia,
Da distância a nós implantada.

Agora, em si mesmo perdido,
As pernas não sabem para onde vão.
O corpo busca abrigo,
A mente só encontra escuridão.

Como eremita me isolo,
No alta da montanha de sonhos.
Nas nuvens me consolo,
Tentando fugir do medonho.

Embora não adiante,
De si mesmo fugir,
Da cabeça quero levante
No corpo forças reunir.

Brigue, lute, chore.
Grite, apele, console.
Arrisque, reze, implore.
Se lixe, palpite, descontrole.

Não fique parado,
Esperando tudo se resolver.
Não terás bom grado,
Se você não se mexer.

Busco a ajuda divina,
E também a ajuda terrena.
Tentar resolver esta sina,
Tentar sair desta cena.

Aos homens e anjos me entrego,
Com Fé de tudo se resolver.
Com meu Deus me pego
E dos homens quero seu saber.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Arando

Quando vamos preparar a terra
para uma nova plantação
passamos um arado nela
para preparar a semeação.

Rasgamos a terra
Com sulcos profundos,
Nele depositamos sementes
Esperando por seus frutos.

Assim é na vida também,
Tem horas que passam o arado no peito
Rasgando o coração refém
Que sangra sem parar no leito.

A dor sentida no rasgo
É por demais contida.
Não agüento, me engasgo,
Me afogo nas lágrimas caidas.

Mas se quero novo campo
Com novas plantas a brotar.
Tenho de sofrer o sulco,
E nova vida esperar.

Passe arado...
Sulque o peito profundo.
Me deixe sufocado,
Quase um moribundo.

Quando a dor acalmar,
E o peito para de arder.
E hora de novo sonhar,
É hora de novo viver.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Quebra-Cabeça

A vida é uma eterna busca,
Um eterno procurar.
Procuramos muito afeto,
E um grande amor encontrar.

No nosso quebra-cabeça
Sempre há uma parte a faltar.
Procuramos a alma siamesa.
Aquela que irá completar.

As vezes até achamos
A parte que se procura.
Outras vezes a desprezamos
No meio de tanta loucura.

Tem vezes que a parte achada
Já faz parte de outro mosaico.
Não entendemos a malograda
Então nos fazemos de laico.

Isto não é solução,
Desmontar o que já está pronto.
Esqueça a obsessão,
Não vale a pena o confronto.

Olhe para o seu lado,
Ali você pode encontrar.
A parte que tanto procura
Com um perfeito encaixar.

Montado o jogo perfeito,
Passe agora a valorizar.
Não dê uma de afeito
E esta chance desperdiçar..

Observe,
valorize,
Conserve,
evite a crise.

Se o perfeito
se desmanchar.
Não tem mais jeito.
Não adianta colar.

O negócio é ir embora
e outro jogo começar.
Um certo tempo demora,
Mas ele vai se completar.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

4 Estações

O amor,
assim como as estações,
possui quatro fases,
verão, primavera, outono e inverno.

O verão é o início,
quente, sufocante,
reclamamos as vezes de sua intensidade,
mas sentimos sua falta.
Tudo é alegria, tudo é prazer.

A primavera já é a fase mais tranqüila,
quase tudo são flores,
estamos mais calmos,
mais pés no chão,
sentimos todo os seus aromas
e cores com calma.
Há uma serenidade no ar.

Depois, tem uma hora
que chega o outono,
tudo começa a ficar meio que cinza.
Um frio, ora ou outra,
começa a se intensificar,
as flores murcham,
as folhas caem e sujam tudo
nos dando trabalho para limpar.
Ficamos meio que perdidos
Buscando o que olhar.

E finalmente o inverno.
A fase que todos tememos.
O frio congelante,
a escuridão se faz quase que todo o dia,
não importa se é dia ou noite,
temos de manter nossas luzes acesas
para podermos enxergar.
O inverno é o final,
É a morte de tudo que tínhamos.

Quando chegar o outono
É melhor se preparar,
ele não avisa,
chega de repente
e toma todo o lugar,
neste momento o inverno
já está batendo na porta.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O Fim do Amor?

Ontem encontrei o amor.
Ele estava meio cabisbaixo,
Muito triste, um horror.
Estava muito prá baixo.

A ele perguntei:
- O que foi que se passou?
Ele disse: - Meu amigo . . .
E então ele chorou.

Coloquei seu rosto no ombro
E o deixei chorar em paz.
Nesta hora não tem assombro
E nem palavras que satisfaz.

Depois das lágrimas vertidas,
E ainda a soluçar,
Ele maldisse a vida,
E falou em se matar.

- Suicídio não é solução.
Disse eu ao meu amigo.
As vezes é melhor o perdão,
é bem menor o perigo.

E com um olhar magoado
olhou-me de cima em baixo.
Falou: - A cura do complicado,
Onde é que eu acho?

Eu lhe disse em sussurro:
- Eu também não sei.
Se descobrir eu te juro,
Um dia lhe contarei.

Só sei que agora,
Não era de decisão.
Deixe passar esta onda
De mágoa e solidão.

E abraçou-me apertado
Colando seu peito ao meu.
Senti algo engraçado,
Parece que nada se perdeu.

Daquela conversa consolada
Saímos os dois a pensar.
Será que vale mesmo a pena
O coração se entregar?

domingo, 15 de agosto de 2010

Morte Diária

Todo dia um adeus.
Todo dia uma despedida.
Até o sempre do amanhã.
Todo dia uma ida.

Não agüento mais,
Te ver partir e ter de esperar
um novo sol surgir,
Para em ti me aconchegar.

Ou me perco de ti,
Ou me perco de mim,
Mas te vê-la partir
Não quero nem por um xelim.

A noite é longa demais,
E mais longa fica.
Pareço estar em funerais
Ou numa obra de Mojica.

Cada noite
é um pedaço de mim que se vai.
Arrancado no cru açoite
De um cabo de estai.

E com o corpo e a alma rubro,
Dobro-me em três.
De lágrimas me cubro
Me entrego de vez.

Deixo a morte me buscar,
Me levar para os seus labirintos.
Não vou mais lutar
Já estou totalmente extinto.

Agora só um corpo jaz,
Uma sombra do que foi um dia.
Com um amor que era voraz
E que morreu de fantasia.

sábado, 14 de agosto de 2010

Ainda

Ainda que manso,
Espero o encanto,
O remanso,
onde possa descansar.

Ainda que tardio,
Me livro deste frio,
Doentio,
Para poder me esquentar.

Ainda que sereno,
Aguardo o pleno,
O ameno,
Onde devo repousar.

Ainda que depois,
Nós juntos, os dois,
Pois,
Sem ninguém a perturbar.

Ainda que sentida,
A ferida,
Minha amiga,
Haverá de curar.

Ainda no futuro,
Eu juro,
Não terá mais escuro,
Só o sol a iluminar.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Devia





Devia ter errado mais.
Devia ter pedido muito mais desculpas.
Devia ter procurado mais os amigos.
Devia ter chorado mais em público.
Devia mostra-me mais fraco.

Devia não ter sido tão sério.
Devia ter ouvido mais.
Devia ter falado menos.
Devia ter mostrado mais todo meu amor.
Devia ter sido mais criança, muito mais.

Devia ter me aproximado mais de Deus.
Devia ter um pouco menos de timidez e vergonha.
Devia ter sido muito mais eu.
Devia ter sido menos o que achava que deveria ser.
Devia não ter de me mostrar tão forte.

Devia ter dividido mais.
Devia ter mudado tantas coisas.
Devia não ter magoado tanto.
Devia ter calado de vez em quando.
Devia ter sonhado mais, muito , mas muito mais ainda.

Devia....devia....devia....
Devia tanto, e agora acho que a conta está alta para pagar


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Uma Dor

Ontem, com muito lamento,
uma parte de mim morreu.
Preciso de um isolamento
para entender tudo o que aconteceu.

Minha cabeça está a mil,
não para de fervilhar.
Nem o vinho que a tonteia
não a consegue segurar.

Desculpem,
mas vou me calar
até que estas negras nuvens,
possam de mim afastar.

As dores
de minha fantasia
Me atormentam de noite
Me afligem de dia

Solitário sem parar
o coração
Se põe a jorrar.
O pranto vão.

Infinita criatura
Perdidas nos sonhos teus
Deixa de lado a candura
Acorda para o mundo seu.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Me Calarei

Em minha poesia,
já não tem mais o teu nome.
A tua imagem de fantasia
no tempo some.

Tento de ti não lembrar.
Tento de ti me refazer.
Tento de ti me livrar.
Tento e não consigo te esquecer.

Como nódoa marcante
Em minha alma estás impregnada.
Minha vida deve seguir adiante,
Não pode ficar estagnada.

O que falava com prazer,
E que você não ouvia,
Se perdeu na vontade do querer.
Foi verão sem andorinha.

Nunca mais te falarei,
As palavras que ainda guardo comigo.
Com força, de ti esquecerei.
Em outro canto procurarei abrigo.

Se o que falava complicava,
Ou não era entendido,
Deixarei que outras bocas falem
Talvez sejam mais compreendidos.

Que sua vida seja feliz
Em seus passeios vespertinos.
Continuarei sendo aprendiz
em minha trilha de beduíno.

O que traz o vento
aos ouvidos de muito longe,
Nunca será tormento
Serão sempre palavras de monge.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Solidão

Tem horas que tudo vira.
Tem horas que tudo embola.
A alma do corpo fica sumida.
O coração se esfola.

No olho o tempo muda,
Nem te deixam enxergar.
Só muita arruda,
Prá desta fase me tirar.

A vontade que dá é sumir,
sentar na praia sozinho.
Deixar o olho embaçar,
esquecer o desalinho.

Mas quem liga prá esta dor?
Quem quer saber dela?
Todos tem de sua vida dispor.
Só tolos caem nesta esparrela.

E como tolo que sou,
Nela eu caí.
Brigo para sair dela.
Brigo para dela sumir.

Brigo para ela entender.
Brigo para nela não sucumbir.
Brigo para ela compreender.
Brigo para dela não desistir.

E solitário sigo,
Nos caminhos que me vem.
Correndo todos os perigos,
Mas buscando ir sempre além.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Despedidas....

Por que tem de ser triste toda despedida?
Por que não pode ser sem lágrimas?
Por que parece que se perde um pouco de vida?
Por que no coração só há lástima?

Uma despedida deveria ser comemorada
Para que um breve retorno ter.
Deveria ser exaltada
Para novo encontro acontecer.

Escrevo e relato não só o que sinto,
Pelo contrário, sofro demais.
É como andar em labirinto,
Cada vez me perco mais.

Um abraço apertado.
Duas lágrimas corridas.
Um sorriso disfarçado.
Duas almas muito sofridas.

domingo, 8 de agosto de 2010

Escrevendo

O que escrevo
pode ser triste,
complicado,
sem assunto,
engraçado.

Profundo
ou sem sentido,
mas é a mim
que terão lido.

É o que penso,
o que vivo
e principalmente
o que sinto.

Meus sonhos e acalantos,
Sonhados em noite escura.
Entre outros tantos cantos
Me vem sempre a alma tua.

Deixo-me neste canto levar,
A alma no ar flutua.
Este teu olhar
penetra como gazua.

Acordo de súbito
De mais um louco sonhar.
E ainda em decúbito
Estou o teto a olhar.

O papel ao lado meu
Logo passa a receber.
Tudo o que a alma viveu
E o que puder descrever.

E logo se suja o branco
Com tinta de emoção.
As vezes rola o pranto
Molhando o papel em questão.

Pela manhã bem cedinho
Corro ao computador
Passando o desalinho
Que fora escrito no ardor.

Assim nasce mais um escrito.
Assim morre mais uma viagem.
Agora o papel descrito
Virou só mais uma bagagem.

sábado, 7 de agosto de 2010

Agonia

Acordo agoniado,
Sem nada ter acontecido.
Nada me foi negado.
Nada me foi cedido.

Ouço as batidas de meu coração,
pulando no peito perdido.
Ele pulsa rápido, como se do peito quisesse sair.
Nesta jaula de carne e osso, ele me faz refletir.

Onde está o poder divino?
Aquele que tudo resolve.
Por onde andará este menino?
Que de quase tudo sofre.

Sou inquilino da vida,
E tento pagar o aluguel.
O preço está ficando muito caro
Terei de morar num bordel.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Só palavras soltas

Vago
como se fosse um morto
vagando entre os vivos,
sem vida,
sem alma,
sem sombra.
Passo desapercebido
por todos.
Chove na alma.
Quero um mundo que não tenha lembranças,
que não tenha dor.
Sou como navio preso em garrafa,
não navego a lado nenhum.
Não sou perfeito,
e nem pretendo ser,
tenho muitos defeitos,
que você nem pode ver.
Sou uma eterna criança,
que não conseguiu amadurecer.
Destas coisa da vida
não consigo entender.
Dia infame que não passa,
por mais que reclame
não há quem derrame
estas gotas de olhares.
Tenho mil passados
e nenhum futuro.
Eu tenho
uma pequena lembrança,
da lembrança,
da falta
que você fazia.
Me declaro totalmente incompetente,
de lidar com gente.
Coisa demente,
de gente que não sente
e depois se arrepende.
Não estou vazio
estou é cheio de nada
Vou te chamar de ... poesia,
Aquela que nunca me deixa só.
Aquela que tem tanta magia,
Aquela que em meu peito dá nó.
Vou te chamar de ... encanto,
Aquela que muita ilumina.
Aquela que canta acalanto,
Aquela que tanta fascina

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Ocaso

Minha poesia emudece
Com tudo que ainda virá.
O peso do sono perene
Já começa a incomodar.

Tentei de todos os meios
Desta estrada fugir.
Mas as vezes não tem jeito,
Tenho que deixar seguir.

Sigo de cabeça erguida,
Me borrando todo de medo.
A cada passo vencido na vida
É aberto um novo tropeço.

Mas não adianta muito brigar
E muito menos tentar entender.
O que sobra pro lado de cá
É coisa que não quero a você.

Veio bem,
a vida que tive.
Aproveitei, fui além,
Mas tem a hora do declive.

Tudo tem um preço
A ser pago na vida.
Tenho o peso que mereço,
Desde a hora nascida.

Assim como o sol se deita
Eu também vou me deitar.
Sem fazer nenhuma desfeita
O Criador,um dia, vou encontrar.

Terei um sorriso nos lábios,
E os olhos estarão a brilhar.
Não sentirei mais o vazio,
Terei LUZ a me sustentar.

E como raio encantado,
A todos tentarei proteger.
Falarei com os seres alados
" - Aqueles são de bem-querer."

E se sentirem alguma coisa estranha,
Como brisa refrescando o ar,
Sou eu sem nenhuma sanha,
Tentando a ti beijar.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O tempo se foi

Acho que não tenho mais idade
Para ter tanta solidão.
Para seguir nos passos da saudade
E uma dor no coração.

Meu olhar de tão triste
já não mais resiste
em buscar uma paixão
que não mais existe.

O desencanto vem com o tempo,
Vejo no olhar dela sem medida.
O tempo passa correndo
No sabor da despedida.

Na garganta me vem o pó,
Engasgo mais uma vez.
Já me sinto meio só,
O prazer se foi de vez.

Já não há mais graça.
Da conversa, se foi o prazer.
Agora o tempo só passa,
Um tempo para esquecer.

Sou embarcação a deriva,
Sem rumo no mar da vida.
Não há alternativa
E nem tempo para tentativa.

Já quase nem sinto mais,
A falta da palavra tua.
Acabei me acostumando por demais
A emudecer na noite nua.

O tempo passou,
E com ele fomos nós.
Nenhum dos dois ligou
Ou tentou desatar os nós.

Ficam as lembranças,
Que com o tempo sumirão.
Aguardemos a bonança
Retornar ao coração.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Sou Banal

Sou um poeta banal,
igual a mim tem muitos,
a dar com pau.

O que escrevo tem objetivo fixo,
quem eu tento alcançar
não é muito ligado nisso.

Sou sombra do que era.
Via o que não existia.
O que era para ser visto eu nem percebia.

Estava, onde não estava.
E onde deveria estar
Não agradava.

Andava onde nunca andei.
Sonhava com que inventei.
Vi coisas que só eu sei.

Sou poeta que se diz um cara,
Um cara que se diz poeta.
A verdade está na cara e se não gostar sai da reta.

Vou tirar a magia dos olhos e você nem vai reparar.
Vou tentar matar parte dos sonhos
E deixar você livre ficar.

Sou senhor, sou escravo,
Sou louvor, e não me acho.
Sou calor, e não esculacho.

Tenho necessidade de palavras cálidas,
a falta do teu escrito,
deixa minha alma esquálida.

Isto me entristece
isto me aborrece,
a alma em mim um pouco padece.

Não adianta em um livro escrever,
virar a página,
e achar que ninguém vai ler.

Leia outros contos.
Ouça outros cantos.
Tenha outras vidas,de encontros e desencontros.

Voei alto demais, a cera de minhas asas derreteram,
Minha queda aos abissais
muitos nem perceberam.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Sou assim

Calo quando deveria falar,
Explodo sem razão.
Falo quando deveria calar,
Me deixo levar só pelo coração.

Me esborracho, me arrebento.
Perco tanta coisa que nem me lembro.
A mente falha.Sou inseguro demais.
Isto só me atrapalha, isso só me desfaz.

Quando gosto de alguém, gosto mesmo,
A ponto de me entregar por completo.
Esqueço de mim, ando a esmo.
Não consigo ficar quieto.

Procuro ser dedicado.
Tento ser integral.
Gosto de cozinhar e escrever,
Mas não é para todo mundo ler.

Sou até por demais ciumento.
Sou carente, quero atenção.
Assim como posso ser só um tormento,
Também posso ser só amor e paixão.

Procuro ser o que sou,
Autêntico no que faço.
Posso ser fogo que pegou
Posso ser só um acaso.

domingo, 1 de agosto de 2010

Doação

Te dei minha vida,
te entreguei tudo que tinha,
e com paciência e calma
até minha alma
te dei.

Você nem ligou.
Achou que era normal.
E então você se foi.
Me deixando calado
vivendo de um passado.

Agora surges do nada,
como fada encantada,
que chega calada,
querendo deu lugar encontrar.
Achando que tudo o que era, vai voltar.

Mas estou quase curado.
Ainda há pequenas feridas,
ainda há sangue a brotar,
Mas a cura já se completa
O rasgo começa a fechar.

E não serão estes pequenos sangrares
que agora irão me abalar.
Você estranha, e diz não entender,
você se faz de tacanha,
mas nada há para compreender.

Somente o tempo te fará ver,
Tudo que foi perdido.
Somente o tempo me fez esquecer
O tudo....
que não era prá ser esquecido.