Meu Amor



Como negar a utopia,
Que convive comigo dentro.
Seria negar a fantasia,
Que me cura do momento.

Como calar um sentimento,
Que teima em gritar mais alto.
É amordaçar em um lamento,
O caminho ao cadafalso.

Calar o que não cala,
Arrancar do coração.
Calor que não apaga,
Nem com toda solidão.

Cegar para não ver,
Chorar o que não vem.
É demais este sofrer,
Não desejo para ninguém.

E a vida vai levando,
Arrastando como der.
Eu na vida vou sonhando,
Pelo amor de uma mulher.

Bom Dia


Começa o meu dia,
Assim que te vejo.
Te dou um bom dia,
E há um lampejo.

Tudo melhora,
Não há mais dor.
O mundo lá fora?
Vem outro sobrepor.

Neste caminho de brilho,
Vou me deixando levar.
É somente um desafio,
Que eu tenho de enfrentar.

Sem o medo de errar,
Pois te tenho ao meu lado.
A tudo posso alcançar,
Até mesmo meu passado.

Meu futuro eu não vejo,
E nele não quero pensar.
O presente é meu desejo,
É nele que vou ficar.

O Início

Comecei a escrever
Quase que por acaso
Assim sem eu saber
Iniciei este meu caso.

E nas poesias sentidas
Poemas eu fui formando
Falando de coisas da vida
Da vida que vou sonhando

E de traço em traço
Assim foi nascendo
Formando um laço
E eu escrevendo

Palavras que me são ditas
Ecoadas na cabeça
As transformo em escrita
Antes que desapareça

Eternizando algo belo
Escrevendo sentimento
Um amor que eu venero
Que fugiu por um momento

Um dia ainda hei de saber
Onde está este amor tão grande
Que não cansa de se esconder
Como uma sombra errante

Fugindo nos quatro cantos
Deste mundo interminável
Enchendo meu rosto de pranto
E o coração do que é formidável

Cansado

Me deixe descansar
Este corpo cansado
Eu não quero mais pensar
Para onde fugiu meu passado

Se foi para o lado do mundo
Se foi para o lado do vento
Só sei que por um segundo
Ele fugiu do pensamento

Deixando um vazio tão grande
Neste momento de fuga
E meu coração saltitante
Precisou de sua ajuda

Como ela não veio

Sentei no chão e chorei

Tomado de todo receio

Daquilo que abandonei

Meu amor  me desculpe

Pela burrice que fiz

Não há quem não me culpe

Por  ter não ter sido feliz

Minha Saudade


De onde te vejo
Eu vejo esperança
Uma fonte de desejo
E um monte de lembrança

E tudo termina num canto
Uma ode a uma senhora
Coberta com lindo manto
Despida como outrora

Uma deusa em carne viva
Uma fração de sentimento
O sentido de uma vida
O porquê de um tormento

É total felicidade
Que não dá para descrever
É morar numa saudade
É ficar sem perceber

Explodindo



Sai de mim explodindo,
Palavras que não sei.
Simplesmente vão saindo,
Aquilo que não falei.

São ideias confusas,
Pensamento inconsequente.
As palavras são difusas,
Ecoadas em minha mente.

Nem sei quem eu sou mais,
Somente um ser errante.
Que procura por uma paz,
Que está logo adiante.

E dizendo coisas tolas,
Para alguns sem nenhum nexo.
Nunca foram coisas bobas,
São um contesto complexo.

Mas não quero nem saber,
Onde isto vai me levar.
Quero este sonho viver,
E nele poder descansar