Em uma só pessoa
Faço um poema
No singular, na primeiro pessoa
Com pena, muita pena
Por mais que isto me doa
Queria fazer no plural
Como tudo deveria ser
Se tudo fosse normal
Como era para acontecer
Um poema coberto de lágrimas
Espremidas pelo peito
Em que choro minhas lástimas
E mostro o que foi desfeito
Por mais que ele pareça
Não é um poema de dor
É o que brota na cabeça
Quando pensa no amor
Ah.... se tudo pudesse
Seria outro o poema
A poesia que emudece
É como amor de cinema.
Sem Palavras
Não tenho palavras
Para dizer do meu amor
E o coração calava
Na certeza do temor
As palavras escondia
Deixava no subentendido
Outro coração não recebia
Aquilo que eu havia dito
As palavras sufocando
Os sentimentos deixados de lado
Eu ficava namorando
Um pedaço do passado
Habitava o saudosismo
Só olhava para trás
Abraçava o pessimismo
De não voltar jamais
As palavras eu as deixo
Em um papel deitadas
É com elas que me queixo
Nunca serão abafadas.
Hoje eu também não tô afim de conversar. 🙄Boa tarde procê.
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