sábado, 28 de novembro de 2020

 

 

 Sufocante

Eu grito, me descabelo,
Tento tirar o sufoco
Procuro romper o elo
Procuro buscar socorro

Cada vez mais me vejo
Neste visgo agarrado
Por que um simples desejo
Não pode ser deixado de lado?

Te arrasta pelo chão da vida
Te fere em pedregulhos
Só faz criar feridas
Enquanto ouço arrulhos

Não direi que é uma praga
Isto nunca ouvirás
Você é como maga
Que sempre enfeitiçarás

Nesta minha agonia
Vou ficando atordoado
Vou ouvindo sinfonia
E ficando machucado.



A paz

Preciso conseguir
Um silêncio interior
Para poder deixar fluir
O que me é superior

O silêncio de fora
Eu até que consigo
No silêncio de dentro
É que mora o perigo

Começo a ouvir
O que não ouvia
E volto a sentir
O que eu sentia

Se faz um tumulto
Sem controle ou razão
Eu busco indulto
Para meu coração

Que o silêncio se faça
Quando eu estiver sozinho
Retire a mordaça
E reponha carinho.


 

Um comentário:

  1. Você tem as fantasias mais loucas.rs
    Postou repetidamente duas poesias de ontem.
    Acho que fez sem querer porque o espaço entre elas foi gigante.
    Bom dia e ótimo final de semana.

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