Ponteiros

 

Todo mundo só olha os ponteiros
Ninguém olha a engrenagem
Só se olha o que vem primeiro
Todos focam na imagem

O que está escondido
Fazendo tudo funcionar
É taxado de bandido
E o ponham no lugar

Sem a engrenagem
A máquina não funciona
É como um personagem
Que só anda de carona

Um dia a engrenagem cansa
E para de trabalhar
O ponteiro e sua andança
Já não podem funcionar

Então vão entender
Que a engrenagem é mais importante
E ai vão perceber
Que o ponteiro é um coadjuvante.

 

 

Olho, e não vejo

Passo em volta meu olhar
E não gosto do que veio
O melhor é eu parar
E escrever um devaneio

Que fale de loucura
De coisa que não existe
Que enterre a amargura
Que faz o dia triste

Que retire os pés do chão
Me dê asas por momento
Que fale ao coração
Congele este tal de tempo

Para que possa me atirar
Esquecer o que passou
Para que possa me achar
E salvar o que restou

Olho em volta e não vejo
Onde achar a solução
Que se faça meu desejo!
No meio desta confusão.