Não entendo
Eu não entendo
O que é que tu queres
Não sei se te prendo
Ou ponho talheres
Olhares vagueiam
Em busca do nada
As bocas anseiam
Outra boca colada
No peito um debate
Prazer ou razão
O cão que não late
Não fecha o portão
Eu não entendo
O que é que pretendes
Se deixo no vento
Ou prendo com dentes
No meio da dúvida
Melhor não mexer
Acabar com a vida
Melhor nem nascer.
Insegurança
Pareço adolescente
Tenho ciúmes
Fico doente
Crio queixumes
Na insegurança
Tudo desmonta
Me vem a lembrança
Mas isto não conta
Pensamentos se cegam
A mente se turva
Maldade me pega
Nos olhos vem chuva
Não sei controlar
E saio correndo
Me vejo ficar
Ao longe te vendo
Queria poder
Domar esta sina
Não quero morrer
Em cada esquina.
01/03/20
Todo poeta se farta escrevendo
ResponderExcluirEsquece que na última página
Há grande chance de morrer na praia.
E será que isso é ruim?
A única certeza que temos é a da ilusão e a da morte. Enquanto a morte não vem, vivemos na ilusão.
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