Meu amigo França

Mais um que se vai
Na eterna certeza do fim
Mais um par de asas que cai
Nasce mais um serafim

Suportou suas dores
E todas as suas certezas
O mundo perdia cores
E ele ganhava leveza

Uma mente inquieta
Sempre buscando o que fazer
Tentava até ser atleta
Mas a música era seu dever

Um sorriso sempre aberto
Um abraço para dar
Podia até estar certo
Mas calava, não ia brigar

Agora ficam saudades
De um cara chamado França
Teve a sua liberdade
E nos deixou esperança

Vai na Paz amigo
Que muita Luz te acompanhe
Um dia estaremos contigo
E beberemos um belo champanhe.

 

Só os tolos

 

Só os tolos podem amar
Se meter nesta enrascada
Entrou, não pode mudar
Mesmo se fez a escolha errada

É para muito poucos
Aceitar e trocar tantas vezes
Tem de ser que nem um louco
Por muitos anos ou talvez uns meses

Amar é abrir mão
Amar é compartilhar
Amar é dizer um não
Com carinho, sem machucar

Estes tolos escolhidos,
Ou então que se escolheram,
São os seres mais sofridos
Ou os que se resolveram

Sou um tolo,
Em seu sentido mais real
Depois que provei deste bolo
Nada mais ficou igual.