Armário
Fecho os olhos e vejo
O que está aqui dentro
Tem forma de desejo
E é leve como vento
Simplesmente ele existe
E fica bem escondido
Meu corpo já não resiste
Aquilo que não foi ido
Cada vez que eu me vejo
Neste mundo solitário
Logo, logo vem um medo
De voltar a ser armário
Que guarda o que não é seu
E o que guarda, fica escondido
Algo que só acolheu
Mas a ele lhe dá abrigo
Mesmo assim o olho se fecha
Em uma esperança infinita
De viver o que lhe resta
Com a alma mais florida.
28/03/21
Acho que não gosto de ler suas poesias antigas porque fica a impressão que você já morreu e deixou memórias.
ResponderExcluirNão gosto de pensar nisso.
O que você anda escrevendo hoje?
Tenha um ótimo final de semana , de preferência sem solidão e recheado de alegrias.
A última que foi escrita.
ExcluirÚltimo poema
Já não posso mais a ver
Nem ao menos lhe falar
Me restava escrever
O que vinha no pensar
As palavras vinham leves
Como vinham antigamente
Irão viver agora no breve
Ou então solitariamente
O que vivia nas estrelas
E num brilho de luar
Não posso mais as tê-las
Sob o risco de chorar
O papel será guardado
A caneta o acompanha
A gaveta com cadeado
Será morada de aranha
Irei morrendo aos poucos
A cada dia um novo fim
É triste ver um amor tão louco
Terminar deste jeito, assim.
09/12/21
Te amo... Não sei exatamente a intensidade disso, mas tenho vontade de te dizer.
ResponderExcluirBienvenue dans ma realité
ResponderExcluirSaudades de alguém que foi, sem nunca ter ido.
ResponderExcluirGarde de voiture
"Ontem não volta e o amanhã não espera"
ResponderExcluirMas o presente conserva.
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