quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Impotente

 

O mundo desaba,
E eu não sei o que fazer.
O olho deságua,
E não há como conter.

O peito abre,
Expondo toda emoção.
O coração não cabe,
E foge da razão.

Deixando um enorme vazio,
Que não dá para preencher.
No mundo só fica o frio,
Sem mais nada para aquecer.

A razão enfim venceu,
Destruiu o que havia.
Matou todo meu eu,
Ou então o que cabia.

O sentimento não morre,
Ele adormece, hiberna.
As vezes me socorre,
Nesta minha luta eterna.

 

Um comentário:

  1. Espero que um dia você acorde para a vida e descubra que divagações só são bonitas em poesia.

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