sábado, 30 de janeiro de 2021

 

 

Quero ( mais um) 


Quero poder errar
Na vida, ser imperfeito
Quero o pensamento mudar
Sem ter de explicar o meu jeito

Quero poder descansar
Quando tiver o que fazer
Quero na vida sonhar
Mesmo sem acontecer

Quero ser eu mesmo
Sem ter de a mim enganar
Quero andar a esmo
Só para o tempo passar

Quero o mais simples ser
Sem perder a minha essência
Quero gostar de você
Sem que isto seja carência

Quero que seja eterno
Tudo aquilo que eu vivo
Quero que seja terno
Aquilo que trago comigo.


16/07/20

 


 

Como verso

 

Não me venha assim o verbo
Como parte de receita
Que se venha como verso
Que é muito mais aceita

Fazendo troca constante
Procurando o bem maior
Melhor do que estava antes
Fugindo do que é pior

Que o verbo seja solto
Livre de consequências
Que o prazer não seja pouco
Venha cheio de essências

Para ser saboreado
Com os olhos tão famintos
Que o sabor seja guardado
E a alma fique rindo

Não me venha assim o verbo
Como uma imposição
Quem sabe um dia acerto
A flecha no coração.

17/07/20


 

Mentindo

 

 

Não posso falar do que sinto
Sem que cause muita dor
É por isto que eu minto
Seja do jeito que for

Não posso dizer que te amo
Sem que uma lágrima corra
Por isto baixinho te chamo
Para o meu lado da gangorra

Não posso fazer sofrer
A quem mora no meu peito
Seria eu a morrer
Ferindo o que é tão perfeito

Só posso te ter na ternura
De um sonho imaginado
Viver com a alma pura
De ter vivido ao teu lado

Não podemos o sol prender
Somente sentir o seu calor
Assim será eu e você
Até quando o sol se pôr.

18/07/20

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário