Quero ( mais um)
Quero poder errar
Na vida, ser imperfeito
Quero o pensamento mudar
Sem ter de explicar o meu jeito
Quero poder descansar
Quando tiver o que fazer
Quero na vida sonhar
Mesmo sem acontecer
Quero ser eu mesmo
Sem ter de a mim enganar
Quero andar a esmo
Só para o tempo passar
Quero o mais simples ser
Sem perder a minha essência
Quero gostar de você
Sem que isto seja carência
Quero que seja eterno
Tudo aquilo que eu vivo
Quero que seja terno
Aquilo que trago comigo.
16/07/20
Como verso
Não me venha assim o verbo
Como parte de receita
Que se venha como verso
Que é muito mais aceita
Fazendo troca constante
Procurando o bem maior
Melhor do que estava antes
Fugindo do que é pior
Que o verbo seja solto
Livre de consequências
Que o prazer não seja pouco
Venha cheio de essências
Para ser saboreado
Com os olhos tão famintos
Que o sabor seja guardado
E a alma fique rindo
Não me venha assim o verbo
Como uma imposição
Quem sabe um dia acerto
A flecha no coração.
17/07/20
Mentindo
Não posso falar do que sinto
Sem que cause muita dor
É por isto que eu minto
Seja do jeito que for
Não posso dizer que te amo
Sem que uma lágrima corra
Por isto baixinho te chamo
Para o meu lado da gangorra
Não posso fazer sofrer
A quem mora no meu peito
Seria eu a morrer
Ferindo o que é tão perfeito
Só posso te ter na ternura
De um sonho imaginado
Viver com a alma pura
De ter vivido ao teu lado
Não podemos o sol prender
Somente sentir o seu calor
Assim será eu e você
Até quando o sol se pôr.
18/07/20
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