No Vinho
É num copo de vinho
Que encontro minha consciência
Devagarzinho, devagarzinho
Vou entrando na demência
Vou voltando “pro” passado
Esquecendo o presente
Vou te vendo ao meu lado
Clareando toda mente
Nada tenho a minha volta
A não ser a fantasia
Eu me faço de escolta
Desta minha covardia
É no vinho mergulhando
Que continuo o sonhar
Vou voando, vou voando
Para em teu peito pousar
Num canto me aconchego
Buscando meu eterno conforto
E ali eu adormeço
Sonhando com o que não está morto.
24/12/20
https://youtu.be/bDNpNP35A_8
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