sábado, 17 de julho de 2021

 

 

No Vinho

 

É num copo de vinho

Que encontro minha consciência

Devagarzinho, devagarzinho

Vou entrando na demência

 

Vou voltando “pro”  passado

Esquecendo o presente

Vou te vendo ao meu lado

Clareando toda mente

 

Nada tenho a minha volta

A não ser a fantasia

Eu me faço de escolta

Desta minha covardia

 

É no vinho mergulhando

Que continuo o sonhar

Vou voando, vou voando

Para em teu peito pousar

 

Num canto me aconchego

Buscando  meu eterno conforto

E ali eu adormeço

Sonhando com o que não está morto.

 

 

24/12/20

 

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