Viajo em silêncios,
Pelos cantos da memória.
Vasculho meus compêndios,
Atrás de minha história.
Nestes caminhos infinitos,
Vou do inferno ao céu.
Sou logo um ser infindo,
E na outra solto ao léu.
No meio de sombras e luz,
Descubro velhos encantos.
São poucos o que me seduz,
Que me levam aos prantos.
Rasgando a alma vazia,
Sobra um corpo cansado.
Falta ar, asfixia,
Me deixam derrubado.
Foram chegadas e partidas,
Viagens e temporadas.
Estas viagens só de ida,
Não me levaram a nada.
Escorre nos dedos a dor,
Manchando o imaculado.
São provas de um amor,
Que não foi finalizado.
Num sopro digo um nome,
Que não me sai da cabeça.
É teu nome que não some,
Mesmo que eu desapareça.
Manietado pela razão,
Sou boneco empalhado.
Sem alma ou coração,
Não estando ao teu lado.
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